O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
110 O ENSli~O EM TORNO DA HISTORIA Dent r e as disciplinas do curso primario, aquella que tambem me– reee nosso cuid ado e particular af– feição, devido aos express ivos en– s in amentos que nos offerece, está a Historia. Não ha , aq ui, logar maior para descrc,·er ao largo as vantagens decorrentes deste ensino. Inferio– r izai -o. com o intuito d o ena ltecer o do outras materias, seria crime d e lesa patriotismo. Ha esp ír itos, e não poucos, que apregôam systematicamente o des– valor do conhecimento dos factos historico ', sou a a ll egação de que é torturante citar datas e enume rar foi tos. O estudo da Historia assim segui– do, em uma simp les nomenclatu– ra, e flão como expoente maximo da valia de um povo e do progredi– mento de um paiz, será cGrtamente enfadonho e fotigante. Nem isso, de certo, se concebo entro mostres. IIa um 0grecto,abonçoaclo segre– do, na JH'ofissão de ensinar: é nos tor.armos do fogo sagl'ado do dovo– tanwnto; é onti·evPr no co11juncto do quadro as nuances que esclarecem- 110; é dos<'ohrir no texto o valimen– to das entrelinha::;. Pm <los pontos capitaos do apren– dizado da Historia impõe-bo no dizer os factos , tirantlo as deducções logi– eos: (,, apreeiando um typo, dat·-lhe a importa1wia <levida; si os seus actos foram dignos exalce-s,?-O pe– rnntP a criança e, ao mesmo t0.mpo, pr0ndu-s1• a atten •ão d0sta com o des,•jo de. dc,-,pertando lhe vontn• do e emprehendimPnto, avaliar as fan1l<lades do nome em evidonda; si aR n<'<;<>es do indivi1lu,> ff>ram máe , ou an-tos, si este, suppo11do agir sou bôas intenções, determinára conse– quencias dolorosas, sem se procu– rar, todavia, deprimir o caracter. mostre·se a que resultados nos le– vam as paixões desordenadas, os ges tos il'reflectidos,os animas exal– tados. Sendo caso, dir-se-á que a coragem, a indepe ,1clencia bem di– rigida, a prudencia, a energia mode– rada, nos procedimentos individu– aes, são motivo de jubilas e d e glo– rias, não sómente para os homen s que praticam essas qualidades, como egua lmento para as patrias a que os mesmos pertencem. A geograph ia é uma grande auxi– liar no ensino historiro: mencionan– do-se os incidentes, indiquem-se no rnappa os lagares em <JUe e ll es se verificaram. Falando-se de um des– cobrime nto ou ex pedição, descreva– se o roteiro das viagens, etc., etc. A nossa Histo1·ia é abundan te d e assumptos, todos clles porfiando a penetração, o tino P, especialmente. o bom gos to dos qu0 lh e quize1·em entender e es timar. Estimar é a palavra prnpria , e• que se nos escapou da pe 1111a na– turalmente. Estimemos a IIistol'ia ela Patria . o.· feitos dos nossos ant<'passado;;:;, ensinando sol> Mrma romprehom;iva e interC'ssantr, e rc>saltando os pontos de importancia e <>loqu011cia i11stru– ctiva, que RO lig-am aos aconkcimen– tos . Um ex<>mplo: o traço d e vida que 8<' infiltrou pelo solo adentra, fí ine– gual:n·el tcmeriuado elos pioneiros das entradas o das bandeiras, não recitando casos, mecanicame11te, au– tomaticament<', porem, no conhE>l'i
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