O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
O ENSINO 107 Eis a grande ameaça contra a existen– cia comtitncional e livre da nação; e is o formidavel inimigo intestino que se asyla nas entranhas do paiz.> Quebremos, pois, collegas, o jugo des– potico e a\'i ltante do a nalph ahetisrno em be– neficio da nossa querid a Patria, a fim de •1ue não ·eja possivel attribnir um dia, à nossa incuria a mesma phrase celebre di– rigida a Hannibal: «Soubestes vence r, mas n,i o ,oubestes aproveitar-vos da victori,i>. Trabalhámos cinco annos. Foram cinco annos <le constante labo r, passados na mais doce communhào de ami– iacle e ele trabalho, rm qur os nossos espí– ritos viveram ciuma mesma Yicla, que é, ao mrsmo tempo. . . um poema el e ri sos ... e um poema de lagrimas! .. E qurçrnnos, por um insta1,te, esse pas– ,ndo! Bsqucçamos as suas inte111prries! E , 1,,nge do:; onho~ . . . da phantasia ... ,·rntemplemos a estrada a egu ir. g -ta, ,; ing-remc eomo os flanco, obrr– bos rio IJymalnia. Mas ape ar de tudo h emos de 'e!:!,'uil-a, galgando penedias, nltando abysmos, des– bravando florestas, i::-uiado nessa furia de i\fazieppa, por um acendrnclo amor á l'ro– fis,fto , que, ]}(Jr si me.sm () é 11ma rirt11cle, t·omo di sse }<jmilio Fague t. Revestidos pelo arnez ela corng-em, ela. dedicnçüo e da paciencia, 11ÓR nos e nvere– daremos pr lo labyrintho da vida-Aposto– lo, do De\'er -r, como lll eMres Cjlll' de hoje em dcantP se remos, hemn~ c!C' f rnhall1ar ,·0111 in-.ania <' clrnorlo pnm vos 'O fi lh os, para o,; filhos do nosso povo, a rill1 ri,· 'lue a no,;,a Patria /.!'ltl~11r o:; ulti111os degrnn,; eia <'tienla ,ht·rnclp1ite rio Pro!rresso. Qnn ,·. c,l'ola '?-Ca-a p11l;li rn ou parti– l'nlnr onde r P11:;i11a111 h•ttra~. arte~, scie11- ('Ía, ou protí 'Scie• . <,)11e <; o l'rnfe ,or·? -- o lJll<' ,•nsina, o len• te, o PX pi i,·ndor, o 11H•str<'. \,:sim falam o~ clic·tiu111H'ios ... Nada mai, faltará'? ,\,; escola,, llll'US SP1il1on•, 1 nüo s[to so– rneutr templos c]p ensi no! 8üo tambem, t'fü:a, eh• P -lnr1u;ilo, a,ylos tio Hem e do Deyer ! 1 t-\ito sacra rios da Virtllll,• qu<' ,;, ,·orno ili ,P Antlwro do (lncntal, H 1·1 /'ll111hi1·,1 1111·• didu cio p1'0!/l't'SS1i dus .~ociedudrs. ~:10 f,íro'l cln <·nltul'lt c{p.;,,o 'l1•nt1111P11to- o patriotismo-que dirige os altos destinon dos povos. São o berço do Trabalho, ela Ordem, da Concordia, da Fratl•rnisac;fw do · espíritos. da Egunldade, da Uniãc,, da Força, enti– dades que dirigem, portentosas, 11fio omen– te um povo mas povos c,,Ilig1d<'s, forman– do nesse conjuocto o vasto conselho da, 1rnçê\es. As escola ão por assim dizer º" mar- co que de i;i:nam a s<mda do prog1esso por ond e é mister pas arem as g-cra<;õe . Se as casa de ,aúd e prestam ioestima– ve is servi ços á humanidade, nfao é menos cei:to que os benefícios prestados pelas es– colas sfto extraord inariamente maiores, por– que, e as primeirris se dest inam ;i, cura dos doentP.s do corpo, P.stas ultimas se destinam a. cultivar o espirito, cicatri sando-lhe a~ taras. Estes benefícios em r •laçü.o íu:1uc,Jles, estão n a me ma distancia que vae do cor– po á a lma. As e~co lns si'to os alieerl'e 111destruct i– veis da ivilisac;i\o! Con iderar uma sociedade sem escola~, seria encarar o antro de todas a~ brntali– dades, de todos os crime !... E muita razfto te\·e o ~rancl,, escriptor Laboulaye, quando di ·se: « .\ escola t'~ a sa!yaçüo da sociedade. Quanto mais t'Sl'olas e balas de a~ylo,, me nos pri ões, menos ho,picios. > E' alii que inil'iamos, ao mesmo tempo, o culti V<• cio no 'O e~pirito, a educac;üo du. nossa vontacie, o clesenyo!\'illH'nto ela 110,,– a intellige ncia , o asseio ela no~sa. alma. nela templo dP en~ino 11110 ~\• ,•rµ.·up ,·. uma pri:;i'lo qur se de tróe , <; n111 passo cindo Pm lavor ela hu11wniclacle, i- rnai, uma obra dr eugTandceime11to patrio ! Os mestres. e,qcs, ,ào os nrchitecto,; cio fo tmo !l! l11sll'l1fr ,: cu,1,fr11ir, di,,,e Victor Ilu~o . Soberana iui ~sfao ! · St>r me "trr-esenla ! ~cr fi1l11·irc111te ,7,. c,- 11iriio8. ,Victor Hu go). · < ~ne ha d • 111n is nobre e ao rne:,mo tem– po, ele mai,; e$pi nho~o e mais atribulaJo'~! ... L,idar com cerehros 11i11da crnbrvonnrios, in– cukar em espíritos nin<ln yasio ·, t.18 primei– ras 11oçc)es, os primeiros µ;cr111et1R da seien- • 11 cm ... .. (lue lHt tlt' 11111is bi,llo '?!. •• ~11 o rneclico <lc~l'ubre com a pourn cio ~l'n anrlacioso <>scnlpell<', o rrconclito do" te-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0