O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

:.;-alorio do \·oto inlelligente, se rl'no\·cm as <·amada,; governativas, ozo11a11do-as do espíri– to constitucional. Esse beneficio virá em tem– po brnve, se os moças souberem e\·itar a e,;– cola política dos trampolineiros, que vence111. A' parte, porem, as mazellas do governo, as nossas institni<:ôes politicas sào as melho– res do mundo. E' a inaravilbosa criação ju– ríd ira norte-americana, transl,tdada e apurada para a nossa tona. Por ella. a liberdade dos cidadãos é nmxima, e a;; suas g-arantia,; per– feita~. Cr,1110 exten,;,-LO das liberdade,;, ba:;ta citar o :u-tigo 72, que faeulta a nacionaes e extra11gc:iro~ direitos e reµ;itlias, como rm nenhum outro paiz. Para as seg·uranças da rfficacia constitucional, adopt,imos o Supre– mo •rribunal Federal, co111O arbitro i11ap– pPllavel da lei, como oraculo, inerme e po– dcrfüo, da justiça e do direito, com cujas decisões refluem, impoton tes, as ameaças da, ty~·annias renovad~s. Com excep<:iLO da Repu– blica l\orte-Amencana, nunhum Estado, bo– _je, 110 urnndo, se sublima com a 11rnraYillia de,;ta organi,mr;ilo política. E' um modelo e uma lic;üo a todos os povos. Com ,nais um pouco de esforr;o da Naçfto, ri realidade prn– tica do g-overno reflectirú, com fidelidade, a mnrnvill1osa organização política da 11O,sa !Cl'l'H. O Brasil, em institui<;ões política~, ig-ual,t .í~ do~ Estados Unidos, e ~npera todos os clcma1s pa1ze,. l.!:m (1~1into lognr, a ling-ua..\. ling-ua por– tu;.:;ncza e, aqnelle me ' mo idioma cios Luzia– d,h, eug-randt·L•.ido e nprimorado por algum, ,eculo.< _de c11lt11ra e hum ~ost<,. Kiw <'· <•sta alg·arnna ,!e caliw, q11e nos co,tnma vir tl'alcm-mar, nPm esta 111escla indi~·ena, '-lue ,e ªl'~·eg-oa, e111 dialeeto brasileiro. 8' aquel– lc pnmoroso verbo de Prei Luiz dP S(,nza, de Cam1'íPs, d<· Virirn, rle Cnstillio ,\ntonio. ,te Castello Branco, de• Er;a nas 11 CiclndPs e as 8crras", de Gon(:alvcs Dias, d,, ~Cnehaclo de A,i,tS, e, sohre todos, de Huy Barbosa. !~,ta <'· n lini;:11a portu;;ue1.a. O ·iclio111a la- 11110 1'ra o mn1, 11obre, 0 mais se\'ero. o mais puro, o o mais lwllo da anti!!'nidade. ,\. lin– !!'lla porlug·u<>za, com ]in•rira•; 11todifiraçuc, pam melhor, "' diria qu~ l' a latina 111c,11H1, ,·01110 proda111a va tllpu· lla \" ,, 11 u,; prot<~l'lora clVi l'.t-nuuo,; nndaz1•s. Com cxcopçi1O do idio– ma fr:tn('ez,_ qne a l•rn~a eulturn apur0n em tra11,pm·cn<'w,, dona ires e "'l'll('HS e o c.·c•n– tíl i~ioma tia ltalin l'ternn, ~ 0111' a~ ,ua, ·1wr- 111O111:t~ l' d"<;nra~ ele ~nhor di\'ino, o id10111tt l'<'l'll!l<'1tlo, <·01110 se fala no Brasil 11a voz de Bilac. é u m,iis perfeita e culta. língua do mundo. Nenliuma a sobreleva em YO~abu– lario, em torneios e· modismos. em pro– priedade e sing<'leza, em clareza e elezancia. Xenhuma no poder de exprimir os mais ín– timos Pstado,; cl'alma, as tonalidades mais Íll– gidia~ dos sentimeutos e dos idéae,. E' mas– culn, energ-íca, distíncta, inconfundível na~ g-ra<:as pa.triri,Ls. O que lhe falta. é, apenas, o npro\·cit.11nento dos sous filões de ouro m11s– »íc;o. Ha confusões IHt ,ua ortboii;raphin, in– dcci ·ries 11,L sua syntaxc usual. expondo o exlr:m.~·eiro, que n q111•irn aprcndc1·, n serio~ tropeços. Culpa é dos 11ne ainda i~·n.-mm ser a lin!.!·na, cm cada, momento Li;torieo, a trn– di,1to~ cln~sica, selecionada sob o nítcrio da clare¼a e da belleza. Aprimorada pela cul– turn de »nas formas, enriquecida por aequisi– ções novas, pu,ra as necessidades emergente,, o idio111a lusitano atting-c, ,Pm favor, 11e111 exag-ero, ús mais elevaclas altnras da intel– liii:encin e do saber. ., Ainda nest<• aspedo, o Urasil ,; l'lltria, que 11110 inveja a 11!'11l11una. outra. Em sexto log·m·, e por fim, as asp1raçi:,e~ 11acio11ae~. 8onhemos este sonbo de a111a– nha11: - o Urnsil com cem 111ilhúcs de lrn– bitan tes; rxploradas m, riqnezas in ho:,,auri– \·ei~ do bPU ~nb-solo; aproveitada,, a n:we– g-:Plnlidade e a torc;a motora do:; ,<'us rios: aperfri<;oado~ o~ ,eu, portos <' bahia, de incompara\·cl pre:;ti1110 1; formosura; culti– vadati :is suas terras l' rr.tl' issimus: cortadc,, em todas ab dir<>c<;i>e,-. por estradas de ro– clng-c•m e Yia~-l'P1Tt•a,: dP~!'11voh·i<las to<ln~ as sna, indu,tria, 1; t·o111111rr<:'Ío: ~<·m 11c11hurn analphaheto em todo o ,cu Ya,ti~si11to tPr– ritorio, (•, <•111 l'ada hr,hileiro, a ron,ci.!ncia Yi\'a. do ridadito P do l10111em ... Íllturo µ;r,rn– dioso e po,,iye] ... :-l' tivermo, j11i1.o. E' :;t', dar tempo no tempo, mantendo D ('ohesüo nnl'io11al, e fomc11ta11do ,t 11atural exparn,fto da, 110,,a~ forças·. Futuro µ;rnndioso, a 1p1c n<>nhum pniz, hoje, pode aspirar com i~nat', prohahilidndt•s de exito. • X esse din, o I3ra,íl, s<· a<:aso lhe fur ne– ee,,ario, poderú frd1ar a:; sua:; fronteira~ ú l'Ommunil'açiio com o l'ni\·er,o, e di;,:rr, <'(1111 ju,tifil'ado orgull10: - 'L\•11!10 de tudo, dt> 11,tdn pn•1·i~o; c1t ~ou 11111 m1111do :, ['ttrf<', 0 IIIIÍ\'C'l'SO, p11rn 111i111. ,nu l'II 111CSl11O,:t A. DE SA.MPAIO OORIA

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