O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

O EN 'L"O NOTAS ARITHMETICAS O dl'. Josué Freire, correcto com– mandante do corpo de bombe iros muni cip al e nosso talentoso coll abo– rador, teve a bondade de nos of– fe rtar o primeiro fasciculo das No– tas ele Arithmetica. :Nesse trabalho o distincto offi– cial refere-se desenvolvidamente so– bre numeração fa lada e escripta ; escriptura e leitura dos numeros , etc. etc. Corno prefacio, e definindo a scien<'ia , estahe lcc0 em linha gera l os princípios inheronte ás espe– ciaes. A math ematica occupa Jogar de tacado, razão por que o auctor elo fascícu lo tece a respeito l argas considerações. Os estudiosos nada perdem s i se munirem do opusculo em questão , pois e ll e pertence a uma serie de folhetos a serem dados a lume e refe. rentes á clisciplina dos numeros. ARVORE MÁ LeocadioGuerrniro (Nogueirado Faria) acabêl de mimosear as letras patrias com um bello producto da sua ardente imagina ão de artista: uma formos·a co llectanea de poesias. ARVORE ;\fA', suggestivo e bizar– ro titulo do livro publi-cado, traz o cunho pessoal do poeta: as linda s joias do seu talento, esparsas polas innume1·as paginas, representam phases de uma viela cheia de sonhos, multiplicada de ideaes, visando um alto e sagrado objectivo que Lcoca– dio a<'arinha. 8inerro ellc o é, tanto assim que, <lo conjuncto da ohra, l'csaltam pen- sarnento os quaes panteteiarn fa– cto s r eaes. .. . ....... . .... . .... Mas senhora, paru o amor não hn ,,cJhice ... Embn lcle qu iz fugir, q uebrar cs as cadeias. tudo esquecer ouvindo e vcuclo almas nlheins. Houve espinhos e lagrimas? Que importa ! Eil-o rad iosamente illuminado como um rio de lu z, ú nossn porta ! o estrem ecido, loiro da v ict,1ria do unsso grande o triumphal amor! 1\ Iui tos julg::.im ]obriga r nos ver– sos de Lcocadio Guerreirn uma preorcupação unica, tendente ao mysticismo . . . Dis~ordamos desse pensar. E' verdadeiro poeta aquel– le que escreve naturalmente o que sente . E e ll e o foz: er bom! Era o meu sonho, o nmbiciono.do fim, ele toda esta existeucia nmargur:icla e louca que mo enche de receio o coração, a bocca de blaspbemias, o olhar ele coleras e pranto ! Ser bom! Meu pobre sou ho ! .\lvi~nreiro cncnnt" <lost'a lmn cruelmente encarccrucla, em luct:1 com a moteria hostil, poücrosa, corrupto. Preoccupação ! Aonde·? Vejamos: E quando fa la, o mnis suave aroma ( como se cllu ti, esse estranhamente uma rosa florindo oa gorganto ). emb 1·i oga n gentJ como um vinho e domn ! E clon,innodo o corn~iio da gente, como um rosal em (lô1·, fascina e encanta! « nntando aquil lo que sentia b , Nogueira fez um trabalho csponta– neo, não alterou a substancia das suas idéas. Que o ARVORE l\IA', tão opimoH fruetos produzindo (na affirmação de que o mal geralmente é apparen– cia do bem), possa abrigará suara– magem os olhares de muita crente. de )

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