O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
• ......, 4 O ENSI~O 110s falta, é a intensa educação 1•01,ul ar, co– rno a tê10 outro;:; po,·os. Isto, porem, não proya que a rnça brasileira não produziu a cerebração ruybarbosrana. E' o quanto ba~– ta, J•arn ey ide nciar a potencialidade da nos– ~ª raça em crear gra nde s homen,. O Brasil é, poi~ uo aspecto cio l''J\ o, lllna patria, que não inveja a nen huma outra. Em terceiro log-ar, as tracli<;i,e.,. Somos de uc11te111. Temos a 11ossa certidito de baptis– rno 11a celêbrada l'arta de Yaz Ca111i11l1 a. Pa– ra uma na<;ào, quatro sec ulos de C' :-.istenc ias ~ito ainda LLma infancia. E ' ,·rrdad c que a ci, ili,a<;fw nostia nrt o é, neu, podin se r, au– todo11a. E' uma trau,plantaçüo europe ia, li– bertada de seus seculares preconceitos de ca~ta, moral e \JOliticamente accrcsr-ida pelo ~opro <la liberdade e de eg-1w ldadc . :\las, por isto mesmo que n[to tem o legado oneroso do:; o<lios de UBta. o Brasil se acha a cohe r– to das neces~idad~s, sempl'e i1111ni11ente, ele ~ucrra l"Om os seus visinl10s, o Brnúl nüo é terra propicia ú, r e ,·oluçõe.; int erna::, que rna,s fundo dividemo,; Lume n~. Xüo ob:;ta.nte, te,·e ele , ustentar :;w•rras ext ranµ·eiras, cm que m1 l<'l\ foi yeuc ido, e tc\" e de ~ofi'rer re,·olu ,_ , ciyi,, pau maior fir,ncza da li– herdade e da <'g·ua ldade. ~ um e noutro c.iso, lhe fi:i:eram tradições, c 1 n e o enobrecem. Xilo ~úo nem podia11J ser nume1·osa,, co1no a~ ele outra, 11n<;õe5 1111le11arias, cm ~it11a<;i10 de U)l<'rto e mú \" i~in lwnça. '.\Ias aind:. e sc111- pn· uiw é o 11u1nero 4ue decide. }; o ,·,ilur da,_ nos,n~ trat!ir;õcs nfto pcdP lirP1l(:a para h1~1r 1• ful;;11rar, ,:om desta, 1u<·. l'ntrc ri- inai, 1 n·1ll1a11tp5 traJi'i''''" alic•ni 0 cnt1s. ( '01110 -i111- 1.Jc•~ a1no,tra~, l<'rnbrar<'i o no,,o protesto l"O!dr.1 o hombardl'io de \'alparai,1•. c•111 qll(' rl~s_mterc,sad:rnwute ndvopi1110, lllll ('ri11 - <·1p!o de direito internaeionul, a ,ohH;iw pa– <·it icn _da s 11ue,túe,; do A111apú, Jo ,\crc 1: ,la, :\f, S<H", a l'P~,üo cio condulfliuin da Lú– :.:oa-'.\Iiri111, a lioura i1H•,ti111il.\l'I de 110, 11i10 lia,enno, nunca cnocloado e111 "U<,rrn-, de c? 1 H}uista e de rapin:i, o prcceil~ <·011stitu– ,·,onal <lt• ~ú 1,od, · ,,os C'ntrar r111 ;.:·uerra com 7utro;; p<,vos_, <1 ua11du 11i10 haja. lo~ar, 011 alli(•, . o arlHtra111<•11to. Siw tanta, qur 11ün <'(•,,_al"la tito <·<·do '11• 1•n11111<'rnl-a,. E,ta, , 1111• Ulflll. , e 1101111•iarn , l'l1C!.:",l.lll a púr <:Ih r,,J.,, íl 0 <p11l.tte 111or,tl da, 110,--a,, tl'n.d11;,,c,. Qnal 0 1• 11 \"0 <pH· a, lt'.111 m<>ll111rP-; "! .\11,•g,tr-,r·-á, tal\"l•z, <tllP, no lado da, tracli, -;,c,:,, l1or11"0· a,. 11 <'•~ tP11H,s 1tl!.;·11111a, abo111i1111,·1•i-; · a in-titui– ?rn d!.i. e , n11,·atnrt1 . O]•J11·p, , í,e, di1 tato1i.w~. l OIIW a lht1q,a1;;"w floriani,t11 t' o 1wgrcrladr, !!."O\' <> i·n0 l h ·n11e.-, ficl;f1r, (·on ,t · Ili<" ÍPll'.11' • ,.,,. mo a lega lidade do estado de sitio, o 1·oto popular e o rcconlte cimeuto dos não eleito,, crim•~s políticos, officiaes. como o da Ilha das Cobras, a cu.in le ,nbran c;:a toda s a~ boas almas es tremecem de inclig·11açfw . A alleg·a– <;fw <·• tristeme 11te Yerdacl e ira. }las dalii ·1 (~uc rn jamais teutou IIPg'al-o,, uu c11ctihril– os '? O qu e, apenas, temos cm ,·ista, é mos– trar que, comparnda a p1·opnr<;i"lo entre a~ nossas tr,1diçõc, bons e as 111ás 1 co111 a 111es111a proporc;i'lo c111 outros po,·os, e atton<lendo ú 110s~n ex isten ci,i nacio11nl ap<>11a, ele .J. se– culos e pouco, a~ nos,as traclic;r1cs no~ liou – ram como nc11huma outra. Porque todo o~ povos tê111, no ,en passnclo, chl'o11ieas do cri– me, as s uas Ba 0 td ha,, as sua:; '.l'orres ele Lou– dre.;, as suas inquisi<;,õc,, o~ seus kaiserc~ . Demais, ns_ g;rn~1cles tra.cli<;úes extrnng·eira~ siLO de ;.dol"las 111d1tarc~ em guerra nem sem– pre _justas, ao pas~o <_tHe 11<is _jamai s fi7.emo ., guerra coutra o d1re1to <· n verdade; se ui– jll'e nos e1npe11liamos, pnra <1ue a, rel.t<;.ões inte rnac·ionae, ,e ;·eg-ulas,c,111 pe la jw,ti,;a, e• niw pela armas. Estas tradi,1ie~ )'«l: ificas, e a, ~dorias r1ue ella n<,s tc·m fru ctifieado, bastam a collocar .º Br:t,il na ,·a11_!.!'11arda da, 11ações cavalhc1rPscas <'m a1·\·iio discre– ta, mas fimH', pelo reino da )'llZ e• da im,- tiça 110 ,eio da huma11idade. · O Bra,il, poi~, quauto :ís tracli<;i:•e~. ,: pntria qu e nfto i11,·cja a 1_1cnl_nuna outra. E 1 n qnartu log-a r, :is 11i-t1tu1~·,11i, na c io 11 aes. Cu111pn•, aqni, )'l"(•linii11ar111rutc, não cont'undil-ns l'?m n, µ-o ,·e,·110,. 1•~ 111 ri~·or , 0 gove rn o ,lt·vcra_ ~<' r ll ei.. prc• ,~ao pr111 ica das in,t itni 1;ür, )'_u l1t1cas. Xa n·nlidade, porcn,. t'o,tu11_ia sopl u srna l-a~ r· 11~µ.·al-as. O que faz parte 11_itcg-rante , da. p~t r1:1_, ':'º a, in stitui– çiws v1i.;-r•11tes. E a, 111,,fltlll <:i"ies vi"en te~ abrangem a co11stituic:it0 pol itiea e r- 0 go– verno. o~ llOS:iO~ ;.:·on•r11os 11:10 t,•111 sido lú grandes ,nodelos. Os excc•,,o, do )'Oder ex<>– cuti, o _j:"t hll uào sa bem a rpianto 11101ttau, · as viola,;ões da Con,tituiç~,o )'<• lo )'O!ler 1o'. g'islati1 o são cada l'<!z mai, in coutrina s, 1, a~ frnque,1,as do 1,oder judiciar1<, ~e 111 r<lPi1t pela~ curva t_nrns do~ niadP, de lihl'\:. O g,, . \"(•r110, qnc ,, a som,na dc•s,1•; trc·~ podc 1-1., "''' Ul'<·ilo, t<·111 l sc· ri a feio 11e_!!·al-n l rxor– bitadu, l"í>n,purc·ado <· df't11 rpado a lei. ( > <'- – pi1i10 da Con--tituiçfw r<·1 °11lili rn11a ainda u:w n11i111n, 1· nüo cliriç;t> o, r<',J•<J11,11y1•i, pl!r Pila. l[aliituados no rcgi 1111.:11 111011nrcl1it"o, nüo c 11 . te11<l1·_ra•11, n_r•111 prat_i\'a111 _a pt1r1•zn dn reg·i- 111r11 IPÔPl"iltl\ n pr(•,1d<•11c·_11d. E· 1•r<'('i,o ynt> ~e prn)':tg-ne :a l'ttltura c1, 1t11 e· pnlitica por todo ,, po,·o. para •tll<'. 1·1'111. <• <•., (• n· i,•i" ,,1 11 i
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0