O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

~-1 O Ei SL O que já se habituaram aos seus a fa– gos, com a simplicidade com que os trata. Dantes as Cl"ea ncinhns tremiam deante elo traje impertiga clo e c.:o– lenne cios q110 só em dia ele ga la !obrigavam nas tribunas festirns, encartolados o canancndos . E' o direc tor , apontavam-lho os professores. E as cr ea 11 cinh as - que pol' ve– zes ouviram diz e r riu e ell e tinha punido a mes tra Ful :-: n fa e o prnfcs– SO I' Ricl'm10 - tremiam de pavor . Hoje não. Eu mesmo tenho vis– to na reclacção, ond e ambos traba– lhamos, creanças. que o procuram, tratai- o com a mesma fam.ili aridad e a que os meus 14 a nn os ele conv í– vio mo dão direito. - O profe sor está"( inquit"em. - Qua l clelles·? inte1T<,go , visto existir mai s ele um. - O l\Iarnn hão , o director do Pi ns ino. - Está no gabinete, alli defron– te---aponto para g ui ai-o. E a creancinha in vacie o gab i- 11Pte r.om a mesma deRrnvolta agi- Jidade com que penetraria n'uma das elependencias ela casa ele pessoa amiga. Ainda um d estes d ias surprehen– cli, junto á sua carteira, na ''Folha", uma scena encantadora: -Paulo :\!aranhão sendo rep1·ehenclido por uma pequerrucha. que elle havia prett:rido por uma irmã mais ve lha. no preenehimento de uma vaga no Instituto Gentil Bitte ncourt. ~Ias , minha filha , n tua irmã é <L ue tinha direito. Entrarás na pri– me ira vaga que se dei' , dizia-lhe. E a cr eancinha só se d eu por \'Cncicla quando Paulo l\laranhão , estimuianclo-lh e n va idade , lhe dis– se que a oufra e ra uma travêssa. - Era mesmo, professor-ata– lh o u a petiza radiante. \.inda se– mana passada e lla sa hiu ele casa, pela ma nh ã e appareeeu á tardinha. F'e z bem! que ó pai·a e ln se corri- 0·ir. n E a pirralha sa biu sa ti sfo itn, le - vando um postal illustraelo que es– taya sobre a cscrevan inha do Paulo. Antonio Mendes 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 l i "Depois do pão. a educação é a primeira necessidade do povo" Danton ~ "..-.../"'-./" , •./' ..---- ,,....._~"'--'~~----..,,--..J"v ~,....____,~-../'--'"' --..r--.. ,,. 1 ec/11rnr<iu tios nie11i1ws i: muito imporlw1l<· I' reco111111rmicwl!i; ao 111e1ws 11ingt1e111 poderá contrslar, q11c r11lra ,w ordem drts primeiras cousas q11e injlucm no bem de uma e O11- /ra republica, chrislâ 1• polilica. Qualq11rr d'ellas será mais Oll mrnos feliz, a proporção do cllidado q11r Sl' toma rm /<imwr os lc11ros corações da mocidade . Semrir-sé bom grâo n'rsla frl'l"a ainda Jr1·sc11 e 111i111osa, cultive-se com :l'io e ind1Lslria. e /l(io a requeime o ur r111p1•stado dos maus 1•.t·1•111plos: 1· /nyo a repu/1/ica virá a ser como um n111e11O jardim, pc- 11orrdo //'arvores vistosr1s e fr11rli/l'r11s, quero di::rr , de sujeito.~ (Jlll' por suas hellas acrriPs l'011lrih11a111 á qlori11 P ao bPm .~o/ido da l111111a11ídadP .»

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