MESQUITA, Lindolfo psud Zé Vicente (org.). O Brasil nas guianas: a visita do coronel Magalhães Barata a Caiena, Georgetown e Paramaribo. Belém, PA: DEIP, 1944. 47 p.

paz resplandecer sôbre o mundo, com a vitória da causa sa– grada em que estamos empenhados. Peço a Vossa Excelência que transmita os meus agradeci– mentos ao govêrno de Sua Magestade, com os votos que faço pela maior glória dos povos britanicos. DISCURSO PRONUNCIADO NA GUIANA HOLANDESA Senhor Governador. A honra do convite -que me fizestes, por intermédio de vos– so ministro no Rio de Ja~eiro, para visitar êste pais, recebeu do Senhor Presidente Getulio Vargas e do Senhor Ministro Os– waldo Aranha o mais vivo acolhimento. Tomei-o como mais uma prova da cordialidade que sempre deu a medida das re– lações entre as nossas metrópoles, através de todos os tempos, e da mutua compreensão que congrega os povos que defendem os princípios da civilização em que temos vivido. O Estado do Pará, á frente de cujo ,ovêrno me encontro, e o Suriname se acham ligados pelas mais estreitas relações que a contiguidade territorial determina. Pertencemos, o vos– so país e o meu Estado, na comunhão americana dos povos dêste hemisfério, a uma mesma zona de produção tropical, com as caracteristicas imp®stas pelas préprias condições naturais. Temos uma grande parte do nosso território ligada a ·~ssa imen– sa região que se estende do Amazonas ao Orenoco, com a mes– ma denominação que a tradição consagrou. Temos, assim interêsses econômicos idênticos e comuns, que nos devem aproxjmar cada vez mais, afim de que continuem a ser fortalecidos os laços da secular amizade que ligam a HoJanda e o Brasil. Um dia tivemos o concurso de vossa cultura, quando, nos tempos heroicos da conquista, u~ principe batávo ,teve o so– nho de realizar uma grande civilização em terra brasileira. Ainda hoje a figura de Maurício de Nassau é lembrada em meu país com a mesma simpatia e admiração, como si fôsse um he– rói nacional A Holanda sempre despertou em nós brasileiros a admira– ção aos povos que lutam por construir uma civilização peculiar, enfrentando as condições adversas do meio físico e defenden– do o seu direito de viver de acôrdo com as suas tendências na– cionajs, de indepedência e liberdade. Tendes a glória de ter vencido a própria natureza, contrariando as leis inexoráveis desta. No dominio econômico, naquilo que de mais perto nos interessa, fundastes uma cultura tropical, que é uma afirma– çao do gênio criador de vossa raça. As vossas universidades metropolitanas, os vossos institutos cientificos em Java e no Suriname, têm re~lizado uma obra da maior importancia para o densenvolvimento da produção das matérias primas essen-

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