MESQUITA, Lindolfo psud Zé Vicente (org.). O Brasil nas guianas: a visita do coronel Magalhães Barata a Caiena, Georgetown e Paramaribo. Belém, PA: DEIP, 1944. 47 p.
vernamentai aos felizes destinos que nossa. ieri'a rii'érece e ó i1o~so povo quer'\ DISCURSO PRONUNCIADO NA_ GUIANA FRANCESA Senhor Governador-. A honra que me . deu Vossa Excelência do convite para· . visitar esta cidade como representante do meu pais e do Esta– do, á frente de cujo govêrno me encontro, rec_ebeu do Senhor Presidente Getulio Vargas e do Senhor Ministro -Oswaldo Ara– nha o mais caloroso acolhimento, pela significação que teve ó gesto de Vossa Excelência, de reafirmação da cordialidade que sempre reinou entre as nossas metrópoles e da mutua compre.. ensão que ora reune os povos que defendem os principios fun– damentais da civilização em que temos vivido. De minha parte quero agradecer a Vossa Excelência a hon– ra dessa distinção, pela oportunidade que me oferece de retri– buir a visita que Vossa Excelência fez ao meu Estado e ao Bra– sil e de conhecer mais de perto vossa terra e vosso povo, a queni estamos ligados por tão estreitas· relações. de amizaae e de co... . mum interesse. Permita-me Vossa Excelência que eu dê a êste agradeci– mento a nota pessoal de confessar que vejo atendido o desejd que sempre tive de vir á Guiana Francesa agradecer pessoal– mente as provas de consideração e estima que tenho recebido de habitantes desta .Colônia., sobretudo as que me ·foram dirigi– das o anorpassado por ocasião de minha posse no cargo que .or_a ocupo,~de Interventor do Estado do Pará. · _ Circunstancias várias fizeram-me amigo desta Guíana, desde o tempo em que, no desempenho de funções· tnilitares nà fronteira do meu pais cõm a vossa, tive ocasião de manter re– lações com o seu povo, animado sempre do mesmo sentimento de bôa visinhança e de cooperação. No govêrno do meu Esta– do, preocup~i-me em estreitar mais ainda essas relações pro– curando animar o nosso intercambio comerci~l, que é _ o vef-' culo natural da harmonia dos interesses recíprocos e facilitar as permutas dos produtos substanciais que as éontingências dá. __ guerra não permitiam chegar aos vosJ;os mercados consumi– dores. A nossa contiguidade territorial, -Senhor Governador, é um imperativo econômico para a continuidade dessas relações. Formamos, a vossa Colônià e o meu Estado, na comunhão ame– ricana dos países dêste hemisfério, uma mesma zona de pro• dução tropical, com caracteristicas idênticas, impostas pelas condições naturais. Como vós, temos uma grande parte nêsse espaço territorial, que se limita pelo Amazonas e pelo Orenocó, com a denominação comum que os antigos nos legaram. Dai ·vem uma identidade de interesses econômicos q_ue pr~cisam es- 40
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