MESQUITA, Lindolfo psud Zé Vicente (org.). O Brasil nas guianas: a visita do coronel Magalhães Barata a Caiena, Georgetown e Paramaribo. Belém, PA: DEIP, 1944. 47 p.

é o quadro que iâ se passa. Ó mesmo Ja _nj,o acontece ná· Guiana Inglesa, onde os preços de venda são bem .eontrolad9s. Ali não se abusa da situação criada pela guerra. Se nós não ajudarmos de oricnfação, é 1ógico, terminada a guerra, perde– remos dois importantes merc.ados -para a importação dos nos– sos J}rodutos. Aquela gente é muito desejosa de comei-ciar c.9- nôsco. Devemos sindicar a quem cabe__ a responsabilidade de preços tão altos. A Ínitlba opinião é que a parte mais inte– ressante que temos com as Guianas é ·o- nosso comércio. Foi justamente isto ·o que me chamou máis a atenção -e que todos nós procurava~os sondai para _po~_ermós dar a nossa opiniã() / firme e certa. Devemos ter cuidado, porque · as duas Guianàs - . a que me referí faziam comércio com outros países -desde o .Cànadá a-té ás Antilhas e se os prê,ÇOS dos aossos .produtós .per– manécerem nessa3órma, P,erderem-0~ unía ' bôa praça ])ara, c()– locação .de nosi,os produtos. Os que lá se ~ncol)tram negocian- do não estão tendo nenhum prejuizó. ·- Em Cafona, õ.: sr. -E 0 néas Barl>osa é hoje uma pessôa de– imporfancia _ê da estima de todos. Desdobra-se em atividadej para s.uavisa-r as diff~tfülades daquela gente. · _Esforça-se para. levar á ·caiena aquilõ que a -su~ população necessita. Facilita o comércio da praça e dá -crédito aos que necessitam :negociara E' êle estimado por- todos e considerado pelas altas-autoridades, a começar pelo próprio""gover~adôr. ~ - - . - ~ Recebeu-tne em sua residência particular, onde vimos o mundo ojicial e os comerciantes de primeira linha. E' êle es– timadissimo, fazendo-se sentir- sempre brasileiro. Resumidamep.te, são estas as impress_ões que trouxemos de nossa visitá âs Guianas. , · O comércio é o que nos deve preocupar mais de perto e . vai constituir o ponto primordial de minhas impressões em re– latório ao govêrno da Republica, encarecendo-lhe a necessidade_ de não perdermos esta oportunidade-. P.rocuramos nos desobrigar 1 tanto qu~nto possivel da dis- = tinção q.ue nos coube, de ir 4s Guianas atender ao convite de _ seuS: govêrnos. · Vimos· lá,--principalmente na Guiana Inglesa, a assistência do seu go;vêrno a todas as cama.das .sociais, desde as paupérri– más até ás .mais .elevadas. :Vimos como se cuida da instrução; e como se- cuida do pr.ofissionalismo, assim como da- agricul– tura. Vimos como se zela por aquela região e como se defende os-interessts da: l)opúlaçâÓ~ N_ão se vê depredações nas arvores do Jardim Botãhico e pr,.aças -publicas. - Há lim1>eza· nas r.ua_s/ onde plo -$e~en~ontratt'i cas-cas _de trutas. Não se nota nem _papeis rasgados e nem pontas de cigarros. E' _um -povo que– ajuda o serviço l)Ublico. Ali existe o- res_peito á autoridade,– .sem demonstrar- submissão. E vemos, no entanto, que ali exis– tem índús, homens de e brancos da metrópole. Sentimos

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