MESQUITA, Lindolfo psud Zé Vicente (org.). O Brasil nas guianas: a visita do coronel Magalhães Barata a Caiena, Georgetown e Paramaribo. Belém, PA: DEIP, 1944. 47 p.

·.1'.a,~~ .8d, ~~ A recepção oferecida no Palacio do Governo da Guiana Holandesa marcou verdadeiro acontecimento. As principais autoridades da Colonia, senhoras e senhoritas, primando pelo rigor de seus trajes,· estiveram presentes. Cerca de trezentas pessoas encheram os iluminados salões· do suntuoso edifício. Criados de libré, como andav;1,m os da época dos reis dos sapatos de salto alto e das damas de cinturinha e ·saias á Maria Antonieta, cruzavam· os salões levando equilibradas na palma das mãos as bandejas com refrescos e sorvetes. Em determinado momento, o coronel Magalhães Barata e comitiva foram introduzidos num amplo salão, ficando ao lado do governador J. C. Brons e esposa. Abriu-se, . então, a porta que dava para o outro salão e deram-se inieio ás apresenta– ções. O ajudante de ordens da ca~ governamental, na sua farda de gala em que se destacavam os alamares, começou a dez passos adiante a pronunciar o nome dos-que se aproxima– vam. Era uma longa fila de pessoas, caminhando uma após outra, para ir depois cada qual, após o aperto de mão, colocar– se adiarité, até que as ultimas apresentações fossem feitas. - Essa foi uma re,pepção em que o nome do Brasil e do pre-~ sidente Gctulio Vargas foram motivo de animadas conversa– ções. O nome do presidente Getulio Vargas era pronunciado com muita simpatia e o coronel Magalhães Barata historiou a todos a obra do grande estadista brasileiro, salienta~do a sua extraordinaria visão e desejo de uma politica de aproximação que solidifique ainda mais para o futuro as nossas relações de - amizade e -boa vizinhança com as três Guianas. AS VISIT.t).S AS MINAS DE BAUXITA As- minas ·de bauxita constituem uma das grandes riquezas da Guiana Holandesa. Constituem, de fato, uma fontê preciosa de produção do governo da organizada Colonia, dando trabalho a centenas de operarios e concorrendo para o desenvolvi– mento local. As sociedades que exploram a bauxita inverteram fabulo– sos capitais na construção de seus edificios e armazens, com– plicada maquinaria, trens e vagões para condução db produto. As usinas trabalham incessantemente, acionadas por mo– tores possantíssimos que, por sua vez, movem os aparelhos pe– sados, os cilindros e esteiras, numa ruidosa atividade. tõ