O Asilo D. Macedo Costa 66º Aniversário (1902 - 1968) Estudo Histórico
O Asilado mais antigo é Manoel Olivia, de 64 anos de idade, paraense, descedente de espanhois, conduzido Rara o Asilo por sua avó, que alí veio a falecer. Nunca mais deixou a casa que o abriga há vinte e seis anos, à qual presta a sua cooperação como porteiro honorário. N0- .dia da inauguração dessa grande obra assistencial, eram dez os asilados. A vinte e cinco de novembro de 1902, pouco após o início das atividades, foram matriculados treze indigentes, ( 32) logo seguidos por muitos outros. Em 1933. ao serem comemoradas as bodas de ouro das Filhas de Sant' Ana no Brasil, já haviam gozado da proteção dêsse teto aco– J hedar 2. 496 pessoas, algumas das quais sob êle permane– ceram mais de trinta anos. "No princípio, a obra custou sacrifícios para levar ao bom caminho tantos corações exasperados, pois eram reco– lhidos os pobres encontrados na rua esmolando" - escreve uma cronista da Congregação das Filhas de Sant'Ana. "Ao verem-se reclusos em um estabelecimento onde são neces– sárias ordem, disciplina e higiene, se revoltavam. Depois se ambientavam. Recebiam instrução catequética, com au– xílio do Capelão e assim frequentavam os sacramentos, mu dando de pensar e de vida". ( 33) O ambiente do Asilo, sob a criteriosa direção dessa abne– gada Congregação Religiosa, adquiriu tal dignidade que , logo n os primeiros anos de existência, teve a honra de hos– pedar, po1· algumas semanas , o ilustre Bispo do Pará D . Francisco do Rego Maia, convalescente de grave enfermidade. Nessa ocasião , na pequena e singela capela do instituto, fn– ram ministradas Ordens Sacras a três sacerdotes ê o sacr" menta da crisma a diversas pessoas, o que encheu de alegria e justo orgulho a s Religiosas e os asilados (3 4 ) . Para melhor ident jficação e contrôle dos internados, pos– sui o Asilo um fichário bem organizado, no qual são regis– i.rados os nomes de todos aquêles que ingressam no esta– belecimento, seguidos de filiação, idade, nat~ralidade , estado civil, pr ofissão, côr e outros sinais ca-racterísticos. Nas mes– mas fichas anotam-se observações posteriores , de modo a formar uma espécie de histórico de cada asilado, a ser arre– matado pela data de sua morte ou do cancelamento de sua matrícula, com o motivo que o houver determinado . De acôrdo com o Regulamento (art. 11 9 ), os asilados séi poderão deixar a instituição nos seguintes casos ; 1 - quan– do requisit ados pela Just iça pública ou pelo chefe de _Segu– randa do Estado, atualmente Secretário de Segurança P ~ blica; 2 - quando provarem t er conseguido meios de sub- - 44- d D
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