O Rio Tapajoz
- 40 - Inu n lgração e C o l o niz ação. Acr ed i tou-se po r mui to tempo na imposs ibilidade da intr oducção de emigrantes no vall e do Pará e os uto– pistas levarão mais além suas idêas a semelhante r es– peito . O veridictwn lavr ado contra uma r egião tão po uco estudada e mal conhecida, foi a origem immediata do muito que se tem dito e escripto em se u desabono. B.esta por ém verifica r se as causas apontadas existem, se pro– cetlem de consider ações aconselhadas pela experiencia, ou de opiniões vagamente formul adas. Me parece mais r azoavel es ta que aquella hypothese . Dous il lustrados r epresentantes da nação, em épocas di versas, tratando da colonisação proclamar am do alto da tri buna, um qtte a faltct de vias de cornrnunicações e os ardores do clima são os dous obstaculos queseergitem contra a introducçc7:o elos emigrantes no nosso pai.z, o oittro, que os rios elo Pará são tão insalubres que nem mesmo os pro– prios animaes podemviver em suas margens . Convém adver – tir que es ta ultima asserção fo i proferida por um dis– tintto medico e senador doImperio . Combinad as as duas, uma que se r efer e a todo o terri torio do Brazil , outr a a uma parte sómente, ambas r efl ect em sobre o Pará. Serão de fa cto es tes os inconvenientes? existirão elles com o mesmo rigor da ex.pressão? Não é me u firme proposito tliscuLir todos os absurdos que appar ecer em a respeito ; procuro apenas demon trar que o rio Tapajóz se acha no caso de accommodar emigr antes, quér se attenda ás con– dições el os terrenos, que l1anha, uberrimos e r iquíssimos, quér á salubridade de que gozam . Para que fossem pr oclamadas taes doutrinas, cm r ela– ção ao Par á, al guma r azões devia m sem duvida existir, embor a apparentes . Recordo-me de uma ou duas que po– dem ter conncxão c,pm a materia, mas qualquer dellas, melhor es tudada e desenvolvida faria chegar a conclusões mui to di versas. Apr imeira tentativa de introducção de em_igran tes no Amazonas teve lugar no anno de i8M. F_o1 executada med ia~te cont racto com o governo_impe– rial pela- Companh ia de Navegação e Commer cio do Amazonas-que acabava de ser organisada. Foram taes seus .sacr ipcios e pr eju!zos que vio-se compelli~a a pedir mod1fi caçao do r espectivo contracto e fi car assun dispen– sada de semelhante onus, o que consegui o mais tarde. Chegár_a a introdu_z ir cêrca de ~000 colonos po rtuguczes assalariados, mas tao pouco morige rados, em tão pessimas
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