O Rio Tapajoz
r. - 37 - insolente, da sua cobiça desenfreiada~de suas empre.zas af– f oitas resiüta sempre algum bem mais real e perrnanente do que o das missões, porque não se ac onselh a lambem as medidas adaptadas pelos Estados-Unid os da America do Norte, que não conseguindo civilisar seus indios, os t em exterminado a ferr o e fogo ? A minha limi tada intelligencia não me tl eixa compre– hender t odo o alcance desse- bem mais r eal e perma– n ente- que r esulta ao paiz de um trafi co tão r eprovado. O inter esse commer cial é sem duvida um dos ma ior es civilisador es dos póvos, mas é o inter esse honesto, sanc– cionado na moralidade e na legislação . Não é a pilhagem do beduíno combinada com a usu ra do judeu , que ore– ga tão põe em jogo e sempre impunemente. Devemos nos r ecordar que em outros tempos os índios buscavam os centros mais populosos ond e permutavam os productos da sua industria, extr activa e manual, por aquell es ob– jec tos de que já tinham algum conhecimento e necessi– t avam. Se nem sempre encontravam o apoio immediato da autoridade local , nas suas queixas quando do losamente tratados, era tal o r eceio da sua inter venção , que mui raras vezes r egr essavam descontentes ás ma locas . Porque não pr ocuram hoj e esses mesmos lugar es? é porque o r egatão cui da em levar ás aldêas tudo quanto póde li– songear a imaginação desses pobr es pari ás da sociedade, act iva-lhes a predi sposição natural par a o vi cio da em– briaguez, ensinando-lhes o roubo , a depr avação e t od os os crimes de que est ão eivados. Constituirá es te cortejD de infamias os verdade iros princípios da civilisação? Que não se force o ind io a ser agricultor , concordo; mas que vivam sob a pressão de t aes indivíduos é inaclmis– sivel. Se o bem mais r eal e permanente consiste nos proventos que pódem trazer aos cofr es publicas os im– postos provenientes do t rafi co, ninguem ignora que só uma pequenina fracção dos que n elles se empr egam , cum– pre com esse preceito, e não é raro mesmo servi r uma 1\– cença par a mais de uma canôa de regatão. Se se co~s1- dera a vantagem (que contes to) pelo_lado _commcrc1al, r e erte sómen te em proveito de meia ~uz1_a de e pecu– ladorcs e espertalhões, que, buscando o mdio como tra– balhador não lhes parra r azoavelmente, e sempre por ta l fó~ma que nunca sa ld~ a sua con t a. Em _COf!,Clusão, apro– vei tará ao Brazil a civili ação de scu_s md 1genas ? Nin– guem sem duvida sustentará que nao. Por tan to pen o que é mais proveitoso á humanidade o pouco mesmo que fazem ~s m~ss ionarios que tudo quanto provir da _co– ragem rn oh ta, ela cobiça dczenfreacla e cm prczas afo ita
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