O Rio Tapajoz
-i8- e Amazonas, onde resido desde 1.800, resulta conven cer– me: que o abandono completo de tão ex.cellentes luga r es e a incliffer ença trad icional pelas riquezas que brotam em grande copia de um r~gião sem segunda, não é dev ido somente á falta de braços para o trabalho. Tão pouco, não se pode attri buir aos suppostos ardores do clima e ás molestias reinantes, como por vezes se tem asseverad o. Provém ma is da educação physica e moral que r ecebemos . da mãi patria. Se delta herdamos sua gloria transit oria, tambem fi caram no paiz muilos de seus erros e prejuizos, os quaes ainda hoje influem obre uma população já de si pou o instruid:i e e tragada . I to exp lica porque, nas ci– dades mais populo as seus hal,ilanles hust:am de prefe– r encia os cargos publicos, ao pas o que no interior ati– r am- e ao negocio sordiclo , que nada aproveita a si e á sua patria. Não cabe a ning uem, ou antes cabe a todos a r esponsabilidade de um tal estado, e o que tem surgido em menos de um seculo das terras incultas da America do Norte, ainda pôde o Brazil conseguir , se o ardor de patriotismo se prender ao amor do trabalho e á neces– sidade de um bem e Lar igual. Productos espontuneós da n.at;ureza. Os gen eros e mais objec tos de producção espontanea da natureza existentes com abundan cia no Tapajoz são de summa importantia ne ll es a riqueza do Estauo póue en– contrar uma fonte perennede prosperidade . Elevam-se a mais de30qualidades . Ne tec.;asoseai; harnase ped irias, madeiras , oleos, leites, gommas, r czinas, cêra, frutas, fi– bras vegetaes, pa in os, raizes, cast:as e hervas med icin aes. Algumas já de mui lo tempo ex.plicadas em proporções re– g ulares , formam um dos ramos do commcrcio local e da industria e ·tractiva; táessão : a gomma elastica , sa lsapar– rilha , oleo de copahyba e cr avo . ·enbuma outra r egião foi mais prodigamente favor ec ida de madeiras apropri a– das a tão diversas mi leres . So bre ahe en tre centcn ares deespecies, a IJem conhet:ida -ilau iJa -que na con– s trucção nava l subsLitue perfe itamente a-téca-asiali ca que a Ing la~erra empr ega de prefercn cia n a conslruc;ção ct e seus nav10s. Este 1mporlaule assumpto, que infeliz– mente não tem s~u. o attendido co nvent e[!-tcmente, que lemlira a urgcnc;ia do emprego de med idas cncr ,rii;as com o fim<le ev itarquea devas tação das matas continue dava-me uma occasião azada para entrar em mais larga~
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