MONOGRAPHIA de Antonio Lemos: (o homem, o político, o jornalista, o administrador, escorço biographico). Pará: C. Wiegandt, 1904. 123 p.

-~~~~ . . ' . ~':~ J1•r•: ••l~1_1_!t1 liil ~,~~~jij~iJffl: .L :u 1111u11111u1nl-iiii"'tt"11111111u1niiuúull1T1"i'iiiiiiíi111íi11 _ ~ ~ PROEMIO • AxnGAMENTli, diz Tacito lia sua ·svnthctica e luminosa Vida de Agr-ico/a, costumava-se transmí ttCr aos posteros os foi• tos e costumes dos varõe.s illustres: ( C/11r()ru111 "<•iron11n faria 111oresq11e.) · Essa antiguidade do supremo' e sabio historiador . dos germanos era o remotíssimo declinar dos ultimos seculos antes de Christo. E se elle evoca, log-o no principio do seu livro magistral, essa justa homenagem hístorica dos anti,fos aM seus varões íllustrés, é que ella j,í se não usava naquelle tempo, a seu pe?.ar ele critico excellente e douto lettrado. que via na memoração e divulgamento elos homens preclaros um processo efficaz ele ensinamento cívico e cohesão tradicional. elementos primorcliaes para a constituiçfo da nacionalidade. · Já encontramos, pois, reg-istrada por Tacito. essa indif• ferença peccaminôs,t elos homens pelos se11s homens emeritos. o que importa num desamor patrio, desde que é do esplendor moral dessas individualidades augustas que resultam · essas dif• ferenciações fundamentaes, qne tornam os povos inconfundiveis. Como teríamos uma icléa cio g·enio audaz dos portugue• zcs maritimos, dos portuguezes heroicos, elos A lbuquerques e Gamas, se não fora o carinhoso es.tro ele Luiz ele Camües, qtie, marcando com um violento destaque de genio a feição typica• mente cavalheiresca e nobre elo seu Portugal, nos induz tambem a que O amemos nos vultos epicos dos seus « rnrfles assignala• uos »? Se a Península Iheric<1 preexistiu gcographicamente aos reis sanhudos de Aragão e NaYarra, só existiu como patria depois que as fronteiras de Portn;.{al e Hcs·panlla foram dcJi.– müaelas pelo genio insurrecto de .Hfonso 1, o inclyto e deno· dado fundador elo Reino. - ..

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