PARÁ. Governador (1897-1901: José Paes de Carvalho). Mensagem dirigida ao Congresso do Estado do Pará: pelo Dr. José Paes de Carvalho governador do Estado em 7 de abril de 1898. Belém: Typ. do 'Diario Official', 1898. 44 p.
6 MENSAGE~i prendem medidas anteriores que ahi estão a traduzir á evidencia o alto apreço, que ella vos merece. E ' principalmente na immi– gração das populações extrangeiras que se busca a solução do magno problema. Outro concurso, profundamente interessante, é o que póde vir, ou melhor o que deve vir das populaçues na– cionaes, convenientemente encaminhadas pa ra a colc ni:iação. Já em outra occasião \ 'OS revelei todo ci meu pensamento acerca da situação tristemen te precaria, em que jazem muitos dos nos- .sos compatriotas, que no meio da opul enta natureza que nos rodeia, apenas conseguem prover mal uma subsistencia insuffi– cient~. Tirai- os d 'essas condições é dever impreterível, é uma obra de reparação republicana, import:mdo ao mesmo tempo em va ntajoso a proveitamento -de cidadãos que se tornarão ve r– cbdeiramente uteis, logo que se lhes ponha ao alcance da intel– ligencia a noção exacta dos beneficias a a ufe 1ir pelo trabalho bem dirigido e persistente, por ·outra, logo que elles descortin em a · utilidade da lavoura scientificdmente praticada. Dete1min ar– lhes-ha essa convicção, eu ac1edito, a vulgarisação dos conhe– cimentos pronssionats que serao adquiridos nos Institutos agri– colas, por elles directamente, ou pelos que, conquistando -lhes a <:onfiança, te.1ham de dirigil-os. T endo deante dos ol hos a de– monstração perenne das va ntagens da in strucção agrícola, elles serão levados pelo na tural impulso a pratica r por imitaçao seus lucrati vos ensinamentos. D 'esta fórma se transformarao em tra– balhadores tãci bons, como os colonos extrangeiros, tendo soh1:e estes a superioridade de ligarem-se á terra que cultivam, com o amor profund o de fi lhos do paiz. Lado a lado, extrangeiros e nacionaes se completarã o, tra– zend9 em geral os primeiros uma competencia mais ex perimen– tada, influindo naturalmente os segundos para que no· espíri to d'aq uelles se 0pere o lento movimento, que faz o horr.em con– ci liar o amor da propria patria com o do nov_o paiz hospitalei– ro, q,ue lhes garan te a propriedade, o lar, a ed ucação da fam ilia e uma justa in tervenção na vicia da sociedade que o acolhe. O colono extrangeiro é um fu turo cidadão. Não basta po r– tanto considerai-o como simples machin a productora, que des– empenha a penas uma missão ma terial ou economica. Preciso é otferece r-lhe, tanto quanto passivei, um meio compensador· do soffrimento inevitavel, que lhe ca usa o afastamento da patria es– tremecida. A seu turno elle deve sa tisfazer condições moraes
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