PARÁ. Governador (1897-1901: José Paes de Carvalho). Mensagem dirigida ao Congresso do Estado do Pará: pelo Dr. José Paes de Carvalho governador do Estado em 7 de abril de 1898. Belém: Typ. do 'Diario Official', 1898. 44 p.

DR. JOSE' PAlrS" DE CARVALHO rs pital mesmo f6ra do paiz, se e:la fôr prestada ao caiµbio de 27. Satisfeita essa rnndição que me parece essencial, se em vossa sabedoria resolverdes dotar o Executivo com as auctorisa– ções legislativas necessarias sobre tão importante assumpto, con– fio que não será improfícuo um · trabalho criteriosamente feito nos centros financeiros extrangeiros, no sentido de obter- se ali capitaes destinados ao auxilio e desenvolvimento das industrias es taduaes. Sendo ainda relativamen te réduzida a nossa fortuna movei, escasseando entre nós as economias longamente accu~~– Iadas, entendo que o verdadeiro ponto de vista pratico no estucl u das condições inclispensaveis ao progresso da industria paraense, nos induz a conquistarmos no mercado extrangeiro o capital de que carecemos, de preferencia a conseguil-o insuffi– ciente em nosso meio, onde na realidade . elle não existe dispo– nível, ou, se existe, é em pequena quantidade. E minha con• fiança na possibilidade de .serem collocadas nossas Iettras hypothe– ca ri,1s nos mercados europeus · sobe de ponto, quándo compre– hendo que, regulado o orçamento . cio Estado em ouro, nos apresentaremos ahi exhibindo a demon stração irrecusa·vel, alta– mente significa tiva no mundo elos negccios, de que uma vez por· todas abandonamos a errada vereda sobre a base movediça ci o papel moeda inconvertível. Não vejo que maior serviço p restar-se possa ao futuro economico do Pará, que o de provei- o dos recursos pecuniarios solici tados pela imperiosa necessidade de ga rantirmos-lhe o porvir pela multiplicidade de seus productos novos, sejam da in– ·clustria agrícola e pastoril, sejam ela industria fabri l, e pelo tratamento mais racional e uti l dos actuaes. E tanto mais opportuno é nisso pensar, quanto é certo que o -justo prestigio financeiro, de que gn$amos, é actualmente mantido quasi que por um só dos pou– cos procl uctos que exportamos, o qual aliás, se de facto ainda· nã o tem conco rrentes poderosos pela qualidade, já os tem con– sideraveis pela quantidade nos mercados consumidores. Não descreio mesmo da p robabilidade de vêr úqui insta llarern -se offi– cinas ad-:quadas á mánipulação fabril ela borracha e ela conse– quente exportação desse artigo, já manufacturado. Opport11namente o Estado, depois que em seu seio se hou– verem normalisado as tracs;,cções apoiadas em nI.Jmerario de valor estavel, terá de pensar nos meios, que lhe convirá adoptar para

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