PARÁ. Governador (1897-1901: José Paes de Carvalho). Mensagem dirigida ao Congresso do Estado do Pará: pelo Dr. José Paes de Carvalho governador do Estado em 7 de abril de 1899. Belém: Typ. do 'Diario Official', 1899. 53 p.
• DR. JOSE' :PAES' DE CARVALHO Por-·sua natureza esses dous serviç•os devem acompanhar o ·desenvolvimento economico de cada região, com o qual têm de crescer, ainda quando suas receitas directas apenas·cubram seu respec- tivo custeio. ' Em principio é inques.tionavel que a~ administrações locaes seriam mais bein situadas que a federal, para presidir a estes serviços na cirçumscripção estadual propriamente dita. Se a adopção desta matica, não só no Pará, como em todos os Estados da Republica, f~sse precedida de um estudo detido da materia:, não seria impossivel chegar-se a uma vantajosa distribuição descentralisadora desses serviços, ficando em todo o c.: soá União a chave de tão importante ramo de administ1 ação publica, a saber: as linhas princ1paes das rêdes telegraphicas e postaes, entre as quaes e essencialmente as que ligam a capital do paiz ás capitaes dos Esta– dos, comprehendidas, é evidente, todas as estações intermedias: Outro concurso importanfo,sirno que o Estado poderá prestar á União, é tomar a sett cargo mediante contracto as obras do porto de Belem, ainda que lhé seja necessario dar sua responsabilidade directa aos capitaes, que houver de attrahir para esse fim, desquitando-se por outro lado dos onus, que dahi re– sultem, com as vantagens que p01 · Jei o Governo· Nacional puder conceder-lhe. Esse melhoramento se impõe com tal exigencia, que elle corresponde a um ponto primordial entre todas as ur- gencias que nos assediam. · · Na que se refere ao serviço ela Alfandega e Saude do porto profícuo auxilio deverá ainda o Estajo prestará Unia.o. E' inco11testavel a urgencia, com que é reclamado o estabelecimento de um lazareto na ilha Tatuoca. * * * Desde os primeiros dias de meu governo que vos revelei o conceito dominante em meu espírito de ser a crise financeira feàeral a verdadeira questão · política da Republica. E quando o· historiador isento passar revista aos acontecimentos de hoje, des– tacará provas concludentes dessa verdade, infelizmente obscure– cida · agora pela . anarchia que a mesma crise produziu. Entre– tanto, mesmo na actualidade, o alludido conceito é suffragado por innumeros pensadores que a cada passo, na tribuna parla– mentar, na imprensa; quotidiana, nas publicações periorlicas, em
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