PARÁ. Governador (1897-1901: José Paes de Carvalho). Mensagem dirigida ao Congresso do Estado do Pará: pelo Dr. José Paes de Carvalho governador do Estado em 7 de abril de 1899. Belém: Typ. do 'Diario Official', 1899. 231 p.

MENSAGEM 1889, havidas pelo Thesouro em importancia nominal superior a J!, 10:000.000, por compra directa ou por acquisição legaldosdeposi– tos ou lastros feitos pelos extinctos bancos emissores. W obvio que a cifra que adopto para exemplificar o quantum do emprestimo tem aqui apenas o caracter de um dado logico. Poderia pois ser modificada, sendo que para mim não é duvidoso que a União e os Estados conjunctamente, soli<lariamente, apoiando-se além disso em garantias mais immediatas, como as dadas no accordo questionado, teriam meios para uma operaçil.,o de maior folego. Como quer que seja, seria imprevidencia impertlqavel não completar-se o conjnncto das duas medidas aconselhadas -a ope– ração mterna de valorisação do meio circulante pelo seu gradual recolhimento e a operação externa de restauração do credito na– cional no extrangeiro, com a adopção de providencias attinentes a obviar a pert•ubações, aliás pouco prova veis, no mercado mone- . tario, produzidas pela escas~ez de numerario, acaso provocada pela methodica e successiva retirada do papel moeda. Para satisfazer a esse desígnio nossas primeiras vistas de– veriam voltar-se para o Banco dd Republica, já por causa de suas intimas relações com o Thesouro, já porque não sendo . im– possível, mas pelo contrario licito presumir que se operasse uma valorisação notavel do seu immenso activo, em consequencia das reacções beneficas que em todos os ramos da economia nacional produziria o recrguimento do credito publico, não lhe seria impra– ticavel, acredito, organizar-se em condições de poder prestar um concurso efficaz na obra do saneamento da ci1culação fiduciaria do paiz. Não me trabalha a pretenção de julgar que aos Estados cabe adoptar e applicar remedia á crise financeira da União. Mas estudar essa questão principal é, já o disse algures, dever de to:los elles, por– quanto os males des~a crise atrophiante se fazem sentir em todas as re– lações da sociedade brasileira. Se, pois, o Pará, representado pelos SP.us legisladore, locaes, pelos seus delegados no Congresso Federal, pelas respeitabilíssimas classes de sua Industria-uroductora, manufactureira, commercial e bancaria - se puze_sse ao serviço de uma solução racional e pratica, que a gravíssima questão reclama cada vez mais, prestaria grande beneficio á Federaç1lo, dando ao mesmo tempo mais uma demons-

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