Mensagem congratulatoria dos intendentes municipais do interior do Estado do Pará
.. ~ensogen1 Ç0ongvatulatorda DOS INTENDENTES J\t.IUNICIPAES DO INTERIOR DO ESTADO DO P ARÁ A SUA EXCELLENC-IA O Senhor Doutor Washington tuis Fereira de Sousa, POR OCCASIÁO DE S UA VISITA AO NORTE A esta hora, memoravel para todos quantos mo1rejam neste rincão aben- çoado do Brasil, o espirita de V. Exc. já deve ter apreh~n i pum golpe rapi d de v isão aguda, toda a magnificencia, todo o offuscante e dor, que sobredoi- ram, num halo de apotheose, a vastidão immensa da nat[ll"eU' a• :l ?O ira. Diante dos olhos attonitos do viaj ar desprever.;do, ara l • • , g r1 pujança- das plagas do extremo nort e, só era prrcehida atravéz das , --~ , as 1itter rias do.3 nossos escriptores mais ou menos pha1 1 .1 1stas, a revelação que acaba de ser feita, nesta vi agem de observação tp c: ·• Exc. vem de emprehender atravéz do littoral bras il eiro, vale, sem duvi da, J ,r umJ extraordinaria surpreza, para nos honrosa, porque excede a espectativa do qbscr.vador. Rea lmente , o extremo nort\! continuará a ser ainda, durante muitos decen– nios, essa paragem lendaria do EI-Dorad o ph1ntastico, gua rd ando avaramente, no fundo de se us ri os insondavel thejouros inexhauriveis, só comparaveis á fecundi– dade das suas terras uberrim :is e á grandeza in fini ta dos seus recursos economicos . A té hoje, podemos, por ass im di ze r, proc lamar, di ante do munqo inteiro, que, apezar de desconhec id os, i 6 norado3 mesmo, somos um povo que ainda não fa ll iu, mas que, ao contrario, sente o latejar da vida, estuand o de energias indoma– veis, á espera apenas do prinreiro impulso ou da primeira audac ia. Que fa lem por nós esses quatorze aI111 os passados , vi vidos dentro da mais asph yx iadora das cri ses economicas por que já têm passado as unidades da Federação Brasil eira . Data de 19 12 o ini cio desse phenomeno alarmante, que fo i a subita t inexpli cada desvalori sação dos nossos principaes prod uctos de exportação, e, r :l obstante, o Es1ado resistiu e vae resistind o ainda aos effeitos do mal, sem o con– cu rso de elementos extranhos, amparado apenas pela tenacidade de seus filhos, e pela clar ividencia e patri ot ismo de seus govern antes. Longe de se entibi ar e deixar-se succumbir, cru zando os braços , numa atti– tud e impass ível de v ictima, o nosso povo redobrou de energia, multi 1 1Jicou a sua ac ti vidade, fez surgir novas fontes de riqueza, umas ignoradas, inexpl oradas outras e muitas dell as ex ti nctas já de seCLrl os. E foi certamente, dessa provação por que passou, que lhe ve iu a lição proficua, cujos fruct os bem cedo abotoaram, numa fecunda mésse de beneficios, de modo que o organi smo combalido do Estado, prestes a rol ar para o anniq uilarnento materi al e cconomi co, reagind o sobre si mesmo, poude rea li sa r esse mi lagre es tu– pendo e inaudito, de que hoj e somos tes temunhas, ao ver que o Parü , luctando em– bora com a deprec iação do seu principal producto de exportação, mantém-se se– reno e imperturbavelmente, sem ex tender a mão ao credor ex trangeiro, sem impl o– rar ao menos o soccorro da União,- marcha seguramente, desassombrado e alti vo, para a d~sti nação que lhe rese rva o fu turo. Eramas um povo monocultor, até bem poucos dias; para nos, toda ambição se limitava ao famoso 0~1 rn_ newo, de 111 0 ~ 0 que todos ~s demais fil ões de riqueza g~arrtadns no nosso so lo, pz1~111 111 tact~s, v ir– gens da .'~rn 1 > llo homem_, até que, pre,_rndos,. pelo peso das 11~cess1dades, t_1vemos que rec011 er aos mananc ,aes latentes, mdo rn-;car nelles outras font~s ~!e \ ida en, que se dessedentou esse milhão de almas e~palhadas pelo nns -o tcmtono . ~ .
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