Lendas Amazônicas

Es~a,·a eu <issenlad o !::Ob re um Ja1gc, pra nchào de rú u c\"arco, debaixo e.e frondusa mangueir:i, no porto da faze nda J anipaü ba, q uando encoslarnm ct uas mon– tt ria . uma vinha o mulato i\Iar: oel Ca la ngro, mes– t1e carpinteiro e um d isc ípul o , n·outra Yinh a o tenente Domingos, lavrndor, e um escrn,·o. :.\ lostravam-se atemorisados e logo apó os c un1 - ri111entos do eslilo me disse1a111 : - Dou tor, acabamos d e Ye r o ,·elho Fo lucn. -Onde esta,·a elle? -Ouem sabe? Era mei o dia em ponlo; o sul e:,; - · taYa be~ a pino. Vinbamu · remando de,·agar , as_duas rnu n1.arias juntas, coll\·ersando sob re coisas in ci iferen - e~. De re i: ente todos s uspendemos os remos e, ato– n ilus espantados, olhavamos ~~ a ra a no~_. frente . Hn ro ucos metros estm·a meio corro fóra d "agua, o tio Foluca . Todos exclamamos: •Olha e li o Folucn. E ll e so rriu-se , fe z ade us com a mão e mergulho u . \ "irn ns se fo rmarem o circul o na agua, td q ual aco n .ece q uando uma ressôa . ub rne rge-se ». - O que me espantn. é que homens sérios to r nem-~e f~rci~~agadores de seme lh anLes mentin1:-:. - 1as, senhor do u tor, nós poc~e,11us jurar ::ier o fato ,·e rd ade iro. Somos i ncapaze~ L~e , ir contar uma fa l iclade. Todos quat ro vimos o 1.10 Foluên, como e:::tamos vendo o senho r coutor aí as~entadn . Era me io dia claro; pois é possi,·el nestas cond ições nos e nganarmos? Apesar da sinceridade com qu e falaYam, rroc urei mostra r-lhes ser impossiv~l um homem \'i,·e r no fund o de um rio e exi lirem palacios encantados. - P óde o doutor dizer o q ne g ui7.er , mas o faio é q u e vimos o iio Foluca no mei o do r io, elle que desapareceu lia tantos annos .

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0