Lendas Amazônicas

6 :No outro d ia l.Jaturampua embarcm·a em ua 11 /Jd e dirigia-se, rápido , parn n mesma passagem im·ia\·e]. A. praia esta\·a cheia de espectadores . Chega o mo – mento terri \·eJ. -Porque não se levanta na ubd para e colher o caminho ? exclama o velho pagé . A u bd desapareceu na quéda. As re-spiraç i'ie::; suspendem- se . Instantes depois viam-se os pedaços da ubd, boiando na corrente do rio, e o moço A.rára desaparecêra e nem ao menos o seu ·cadaver fo i mai - encontrado. Apenas uma lua havia passado quando no te r– reiro, em festa, dos T á rias, s urgia a lind a Pi tiápo, ce rcada das suas mais bellas companheiras . -Pacudáua, meu se nhor, o mais \·alente do::; guerreiros, é costume entre os Uananás escolher a filha do tuchaua o seu esposo . Eu serei tua escrava tu serás o meu senhor. -Já te esperava, respondeu o altivo Pacudá un. Os Uananás e os Aráras uni1am- se para destruir o Tária . Guerra formidave l travo u-se entre a · tri b us por causa de Pitiápo, a índia mais bella do que a Lua . Os Tárias foram vencedo res e só não armiquila– ram o · Uananás por intervenção ca formosa Pitiápo que sah·o u a Yida de se u velho pfl e . Depois \"ieram os bra ncos e com ell es os frnde::; hons, am igos que nos condu!iram para a ci\·ili s?.çào. Ainda o anno ~assado aqm esle\·e o fiei Gesualdo, franciscano chefe dcs missões. Do nome do chefe ' . T ária Boopé \·eiu a denom111ação pela q uai somos hoje conhecidos e o nosso rio Uapés . O ól declinava no horizonte, as sombrns i nYa– diam a floresta e eu desci em busca da minha canôa embebido na lembrança desses valentes que a ci\·ili– sação não soube aproveitar.

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