Lendas Amazônicas

67 ........................ -Entrae e recebei a hospitalidade de \"ida. E as moças Uananás trouxeram frutas variada ·, caça fresca e licôres extraídos das raízes da mand ióca . Os olhos de Pac udáua encontraram - se com os da linda P itiápo e o moço guerreiro sentiu-se preso pelos encantos da Cz'ucy celeste. E mais de uma vez os olhos dos do is se pro – c.:uraram d u rante a conYersa e as trócas de presentes e protestos de amizade . Eram ci nco· horas da tarde ; as sombras da noite começarnm a e nvolve r a floresta . Pacudáua dirige - se para a le\·e ubá, lança mão ao pesado remo e afasta- e da praia demandando o centro da cachoeira, a pa sagem imprati cavel , onde a morte colhe o viajante ou:ado. Um frêm i to de terror percorre u a tribu, re u nida na praia, e grito u nisono ergueu-se de todós os peitos . A leve itbá era arraste.da , rapido , para a quéda fata l. O moço Tária poz-se de pé na canôa, calculou, rápido, o perigo que ia transpor, lançou um ultimo olhar sobre a formosa Pitiápo, erg ueu o remo para dar impulso vio lento á ubcí e desapareceu por entre a~ or,das revoltas da cachoeira mortal. Foram minutos de angustia para os espectadores do terrível drama. E a ubá surgiu além guiada com denodo pelo ' . \·_alente tária, que de pé, tranq uillo, a impulsionava no abaixo. 1\leu pae, d iz a bella Pitiápo ao velho Y airo, é co tume, na nossa tribu a filha do tuchaua esposar o mais valente. Eu serei ' a esposa de Pacudáua. . _ -Filha, não é possível, seria a nossa_ deshonra, Ja e ·colheste Uaturampua, o chefe dos Araras. - Pois q ue elle mostre ser mais forte do que o c.:hefe dos Tárias. O fe ito heroico chegou ao conhecimento de Ua – turamp1a. Este zombou; a temeridade não é valentia, 4 ualq uer póde fazer o mesmo.

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