Lendas Amazônicas
62 Xa manhã seguinte, a atalaia collocada á ponta do Ajanary, as!:-inalou a aparição da pri meira galeóta da e quadra portugueza. Um brado violento repercutiu pelos are e a: primeiras fléchas fenderam o espaço. O arcabuz respondeu , troando ameaçador. A luta ,oi terrível. Quatro vezes contra o reduto dos nw 11d 11 e:; ,·alorosos in vestiram os portuguezes e quatro Yezes recuaram, deixando sobre a praia cem corpos traspassados pelas certeiras fléch as dos gentios . Os brá,·os lusos não desanimaram. Ca rregaram ainda uma \·ez . Houve um momen to em que a vitoria pendeu para os nzaJ1rí11s. Ajuricába distraí u-se, porém, e algumas trópas de Belchior, desembarcando mais a baixo, atacaram – no por trás. A luta, então, rec rudesceu, e corpo a corpo se empenha,·am agora os contendores . O tacape de .-\juricába go tejava sangue e abria enormes cláros nas hostes inimigas. De repente, um g rit o se lhe escapou do peito. Aos se us pés tombára exangue Kueánaca. Tentou ergueJ - o, esta,·a morto. Como um Ieãn furioso· se !anca ao meio da gente portugueza que 1 aton ita, !·ecúa . ' ,\1 as a ,·óz de Belch10r logo se ouve e a avalan– che dos seus g uerreiros precipita-se esmagadora sobre o chefe mamíus, yuasi aband onado . .-\o go lpe de mil braços,. Ajuricába tombou como o cedro g igante na íl ore~ta virgem . .-\ rq uejava, desfa ll e~1do. Belchior o conduz rn sob ferros para bordo do capitanea e lernntou a ancora, cantando vitori a. O rio tingira-se de sangue e a noite amortnlh ava as se!Yas.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0