Lendas Amazônicas
61 • .. ...................... o mensageiro a traíção dos portuguezes e a morte do tuchaua que lhe pedia vingança. Aju.ricába partiu veloz como a flécha despedida do se u arco, e os mandus o receberam com gritos de alegria. Eram poucos os que restavam fieis ao velho Ca– bokena . A tribu dividira - se e grand e parte serYia ainda aos desígnios criminosos dos cariuas. A' frente desse punhado de brávos, o valoroso chefe dos manáus, iniciou uma se rie de correrias, saq ueanqo e exterminando as aldêas inimi gas e \ en– cendo em recontros vários as forcas de Belchior :::-. Iendes de Moraes, enviadas de Bele~ para prendel-o. O nome de Ajuricába era balbuciado com terror pelo inimigo. O exicio lhe seguia os pnssos, marcam a s ua passagem. Um dia, á ponta do Ajanar~·, quando o guerrei ro de ·cancava das lides esforcadas, um jo\·em índio sal– tou á praia e dirigiu-se ao' chefe. Ajuricába o abraçou. Era Kueánaca, o filho ido– latrado, o herdeiro do seu nome g lorioso . Estava moço, e quando partira era menin o ainda. -Elles não tardam, pai, e a fróta é g rande que elles trazem, disse o moço . Havia tres dias que .'\juricába em·iára o filho a espiar os movimentos das trópas de Belchior. -Ao sol de amanhã estarão á \'ista, acrescentou, vendo que o pai nada mais lhe indagava. - Está bem, elles conhecerão Ajuricába, disse por ti m o chefe dos manáus . Começaram então os preparati\·os para a defeza. Ajuricába dispoz a sua gente para a luta e esperou.
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