Lendas Amazônicas
60 do Xiuará será das terras de nossos aYÓS o unico se– nhor. 1\Iauari o protege e em seus braços dormirá elle um dia , nos domínios da Cobra Grande » E os g uerreiros depuzeram aos pés de Ajuricába seus arcos e tacapes. Dançaram ainda, mas quando a aurora sorriu no firmamento, já nas aguas do rio banhavam-se os manáus. Era crença desses bravos filhos da floresta que o sol gostava de os ver assim, como outr'ora vira urgir elas aguas espumantes os primeiros manáus. Os annos se passaram e Ajuricába cres(:eu, torn an- do-se rob us to, forte e corajoso. · · , enhum guerreiro lhe vergava o arco rij~ de pa.--.:iú– ba. A sua flécha rasgava além a nuvem que passam e o seu pe ·ado tacape de maçarandúba derrubava de um golpe a onça na fl oresta. As filhas dos tocrmos e barés o disputarnm. Aju– ricába escolheu a mais bella cunhantã dos tcírfos pod erosos. · Um dia . na malóca dos mauáus apareceram dois brancos e H uiuiebéue tomou com elles, na mesma c ui a, o caclziry da paz. Desg r.stoso, o brávo Ajuricába internou-~e nas selvas para não beber com os pérficos carilfas. Herdára de se u avô, o velho tuchaua Cabokena, o od io aos portu g uez es. E desde aquelle dia ninguem mais o Yiu entre os ma11d11s. HuiuiebéLte lanço u sobre o filho fugiti\"O a mal– dição de pae Diziam, então, que, em noites de luar, uma cé1- nôa descia pelo rio e dentro della dois vultos con– \·e rsavam: :\lauari consolava o exilado guerreiro. Seis annos \·agou pela floresta, até que um ct ia lhe trouxeram o perdão de Huiuiebéue. Narrou-lh e •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0