Lendas Amazônicas

56 eram os espiritos protetores que por elles Yelavam. Por vezes, os velhos e inspirados p agéc;, sabedores dos segredos de Tupana, haviam– nos advertido de que tremendo castigo os ameaçava, se não rompessem com a pratica de tão criminosas abominações . Mas cegos e surdos, os nu tras não os Yiam, nem os ouviam. E , pois, um dia, em meio das fes tas e das danças, e quando mais quente fe rvia a orgia, tremeu de súbito a terra e na vor agem das aguas que se erguiam, desapareceu a povoação. As altas barrancas, que ain-::la hoj e ali se ,·êm, atestam a profundidade do abysmo em que fo i arrojada a povoação os r éprobos... Depois, muitos annos depois, foi que co– meçou a surg ir a atual povoação, que ainda 1.1ão pôde ating ir ao g ráu de esplendor da que fôra submergida. · Fôram de novo habital-a os 111, u ras ; mas em breve, por entre a escur idão da noite, começaram a ouvir, transidos de medo, como o cantar sonóro de gallos , que incessante ·e erguia do fundo das aguas . Consultados os pagés venerandos, que . prescrutavam os segredos do destino, decla– raram estes que aquelle canta r de gallos, ouvido em horas mortas da noite, provinha

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