Lendas Amazônicas

50 que ella efeti,·ai11ente era innocentc e não tinha tido r elação com homem. Pas ·ados os 110\'e mezes,ella deu á luz uma menina lindissima e branca, causando e te ultimo fato a sorpreza, não só da tribu, como da nações visinhas, que ,·ieram Yisitar a cr an– ça para Yer aquella no,·a e de -conhecida r aça. A creança, que te,'e o nome de T\lani e que andava e fala,·a precocemente, morreu ao cabo de um anno, sem ter adoecido ·em uar mostras de dôr. Foi ella enterrada tlentro ela propria ca ·a, descobrindo-se· e regando-se diariamente a sepultura, segundo o cnstume do poYo. Ao cabo de algum tempo brotou da cO\·a uma planta que, por ser inteiramente desco– nhecida, deixaram de arrancar. Cre ceu, fl oresceu e deu frutos. Os pas– saros que comeram os frutos embriagaram-se e este fenomeno, desconhecido dos índios, aumentou-lhes a superstição pela planta. A terra afinal fendeu-se; cavaram-na e julgaram r econhecer n fruto que encontra– ram o corpo de Mani. Comeram-no e assim aprenderam a usar da mandióca. ( 1) 1) O fruto recebeu o nome de Jifou i-óca , qu e quer dizer cas.1 ou transformação de :\lani, nome que conservamos ~orrompiclo na palavra mandióca, mas que os fran cezes· conser\'am a1,;1cla sem cor– ru pção (Couto de :\1agalhães)

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0