Lendas Amazônicas
o forno ainda quente e uma grande quantidade de beijús preparados. Ouem os havia feito ? Percorrendo os arredores não ;ncontrou ninguem . • .\inda no dia seguinte, voltando da roça, encon– trou a mesma comida preparada. Resolveu, então a todo transe descobrir este mysterio. Fi ngiu um dia encaminhar-se para o trabalho , mas, escondendo-se na floresta, procurou um logar donde descobrisse a entrada da gru ta e o forno que lhe ficava perto . Esperou, e depois de alguns momentos viu um lindo ayurú, ( 1) que consolava Pahy-Tuna rio seu isolamento com falas de amor, ,descer de uma arvore e dirigir- se para o forno. Chegando ahi, arripiou as pennas, estendeu as azas, deixou caír a pelle e transformou- se em uma encantadora cunhammucú, (2) que elle reco – nheceu e que principiou logo a trabalhar. Espremeu a mandióca, aqueceu o forno e começou a preparar os beijús. Rapido como o relampago, quand o o fogo estava mais intenso, Pah y-Tuna lançou-se da fl oresta, e, retendo com um braço a cintura da moça, esten – de u o outro e, tomando a verde plumagem, atiro u-a ao fogo. -Obrigado amigo, disse-lhe ella, posso agora fi– car con ti go . Quando as mulheres abandonaram Pahy-Tuna por Pahy-Tunaré, essa rapariga, não querendo ·er infiel ao velho, foi transformada em papagaio que nunca mais o abandonou. Depois disso viveram ainda muitos annos e muito felizes. 1) Papagaio. (B. Rodrigues) 2) Moça.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0