Lendas Amazônicas
41 1111111111n 11111111111, Os ann os pa ·savam-se entre alternativas de alegri, . e de medo, conseguindo contudo, conservai-o oculto. . Apareceu a suspeita entre as outras mulheres, e Juraram descobrir o segredo que a pobre mãe ocul– tava, mas que seus gestos denunciavam. Fizeram emboscadas e descobriram afinal a gruta em que 0 mancebo vi\·ia oculto. Tinha crescido e era um guapo rapagão. Encan– tadas, as mulheres dep'ositaram a seus pés todos os tezoiros de s ua belleza e de sua graça. Recusou . -Minha mãe me esconda, porque as mulheres me perseguem , disse elle um dia a sua mãe á hora do jantar. • Desde esse dia começou para elle uma vida de tormentos: a mãe o escondia, as mulheres o achavam. O centro da floresta estava conhecido, todas a lapas e grutas eram revistadas, por isso combinaram entre si que era melhor ocultai-o no fundo do lago g_ue forma o igarapé, porque de lá ellas não o iriam tirar. Pahy-Tunaré, foi este o nome que as mulheres lhe deram, abraço u sua mãe e esta o atirou no lago. Todos os sabados sua mãe, chegando ao lago, g ritava : Pahy-Tunaré , Pah y - Tunaré ! A este chamado saía d 'agua e passava algumas horas junto a sua mãe. Apaixonadas por Pahy-Tuna ré , não cessavam as mulheres de procural-o, e encontrando-o um dia , quando a mãe o chamava, descobriram assim a no\·a morada do mancebo. Então as mulheres iam para a praia em certos dias, imitavam a voz da mãe, e a– traiam-no para a floresta, onde era recebido pelas mais bellas da tribu. Estes novos amores e a mocidade de Pahy-Tu– naré fizeram com que as mulheres se esquecessem do velho Pahy-Tuna.
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