Lendas Amazônicas
,., ..................... Carú-Tarú e, mofando delle, fizeram-no voltar carre– gado com as pennas e com as pelles dos animae · que haYiam caçado . Ca rú- Sacaébe sabia, por sua presciencia, do que iria suceder: desejava, porém, experimentar o coraçà '} do porn . A eúdencia da maldade o enraivece u. Resolveu, tadavia, experimental-o uma vez mais para certificar-se cie que se não enganara. Enviou novamente o filh o a Ac upary. Mau grado ás ameaças de Carú - Tarú os mu ndurucús o escarneceram ainda. Pela terceira Yez voltou Carú, como enviado do pae , e desta vez suplicou- lhes humilhado. Nada os demo– \·eu e el!e voltou coberto de vergonha. Cnrú- ·acaébe, vendo, então, que se não enga– nára, enfureceu-se terri\·elmente . Ao red ór da malóca de Acupary plantou pacien– temente, uma por uma, todas as pennas que lh e ha– ,·ü1m mandado os mundurucús para escarnecel - o. Transformou, depois , em catitús todos os habi– tantes de Acupary, homens e ·mulheres, e, estendendo as mãos sobre as pennas, estas se fizeram montanhas . que cercaram a rnalóca, tornando-a uma grande caverna. Ainda hoje se ouvem gemidos e gl'llnidos de porco no interior da famigerada caverna, onde nin– guem ousa penetrar. Carú -Sacaébe voltou, então, acompanhado do sen fiel Rayrú. ( l )' Percorreu todos os campos e, depois cte dois dias de marcha, parou fatigado, longe de Ac upary. Bateu com os pés no chão e um grande bu raco se abri u no ·ólo. l) A lenda não fala mais em Carú-Tarú. (H. Coudreau)
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