Lendas Amazônicas
32 .... ,,,.,, .............. - Até quando te acordarem os mais bellos pas – _aros, cantando á luz cta manhã . E a india desceu com o passo incerto, os olhos tristes de veada ferida, mostrando na estranha pallidez um apertu no coração . Ao entardecer, seu corpo le\·e de adolescente baloiçava na rêde selvagem, ataviada de pennas mul– ticô res, que os raios do sol poente irisavam. Ennoi– t◊u-se a aldeia e já o noitibó ti nha saído do seu e ·conde rijo, quando a moça, trêmula, ofegante, arras– tada por uma força estranha, procurou o caminho da ~e rra, em dema!:.da da rêde armada nos castanheiros. Ella sentiu amor! Foi no momento Em que sosinha, em meio á natureza, Ouviu a selva segredar ao Yento, A estrella á cascata, á correnteza! --Ninguem conhecerá o segredo desse meu t nr – ·nento ! - suspira\·a ella. Amal -o-ei na treva; serei de dia s ua irmã! Quando á rêde chegou, a branda aragem Do sassafraz batia pelas frestas ; Escuridão no céu, pallida arfagem, Saltos nos matos das cutias lestas ... . . . . . . . . . . . ' ..... . . .. ... . . ... ... . ....... . . . E toca a rêde ... a rêde se estremece . .. -Quem és? Sussurra um beijo e a voz fall ece. Tres vezes a india apaixonada s ubiu a montanha e tres vezes voltou á deserta aldeia escondendo ·na . olidão e no negrume da noite o segredo do seu cri– :n inoso amor.
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