Lendas Amazônicas
16 As historias de yáras, de bôtos e cobras g randes nada mais são que variantes aformoseadas dos contos de sereias, golfinhos e dragões que através do oceano buliçoso contaYa a quebrantada Emopa á juYenil America. Releve-nos o leitor esta fastidiosa digressão e nos conceda, aind a, duas ralavras indispensaveis . • a disposição das nossas iend as no presente vo– lume julgamos ace rtado, em face da dificuldade de classificai-as segundo a sua origem, agrupai-as de acordo com a sua temporaneidade . Umas ha, e são as treze primeiras da colleção, · q ue respeitam ao passado eia nossa raca e têm, por isso, quasi todas, o cunho indi ger.a; às outras pre– ocupam ainda a imaginação do poYo e, sem duvida , r ersistirão po r muito tempo a lh e in-f1uir no animo e nos cost umes . São feitura sua, ori ginal, propria , ca – racterística e descritirn da complexidade dn sua alma de mestiço . Pareceu-nos, ainda, conveniente separar estas ul– timas em dois grupos: no primeiro se acham as que Lem por objecto os seres fabul osos das aguas: no se– g undo as que se referem aos duendes e habitante·s das selvas. Entre estas figuram certas lend as , como as do Xincuan e Uacauan, que estariam melhor entre as s uperstições do populacho. Julgamol-as, no entanto, valiosa contribuição ao estudo da formação da nossa índole, correspondendo, nssim, ao escopo desta obra, que é apresen tar aos estud iosos das coisas brasileiras uma fon te que repu– tamos rica de informações preciosas sobre a nossa historia . Abençôe Deus o nosso esforço fazendo com que 0 s intelJectuaes patrícios possam encontrar n~ste volu– ·11e um motivo para as suas inspirações, um incentivo
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0