Lendas Amazônicas
O JU~UT~.liY A qu em já fruiu as de li cias de uma no ite .clara de luar, na soledade de um reti ro calmo, plan– tado no centro da f1o rêsta, não é por certo ex tra nho o ca nto sonoroso do jurutahy . Qu ando a lua assoma vaga rosa, en torn ando os seus fl ócos de luz, terna e s uave, sobre as comas do arvo rêdo negrej ante, no mais alto rebento da copiú ba altiva o jurutahy se empoleira e de rrama pelo espaço ~ silencioso a gargalhada sonóra do seu can to . E ' o bohemio incorrigivel da fl oresta , que lhe perturba a placidez do so nno com o seu amor de louco. Uma noite em que descantava , poéta solitário, ás margens de um regato sussurrante, na ramaria espessa da devesa escura uma j anella se abria vagarosa , e, para ouvil-o, a lua debruçava-se , derramando atra– vez da selva escura a morna claridade dos seus rai os. O contorno dos caules se avivava, qual se fossem colunnas magestosas de um pâlacio ideal, e os teci– dos caprichosos das lianas, semelhando soberbos cor– tinados , ondulavam de léve ao sopro das monções.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0