Lendas Amazônicas

9 llllllllllllllltllllllll ser encarado como simples questão de ordem. Para o selvicola amazonico a treva não dependia, segundo se depreende do espirito da narrativa, da ausencia de luz . Na lend a mundurucú do «Carú - Sacaébe», en – contramos as noções de providencia e presciencia divinas e a memoria da fonnacão biblica do primei ro homem . ' Estaremos, ainda aqui, deante de uma noção tra•. diciont=,.l americana, ou dos restos dos ensinamentos doutrinarios dos missionarios catolicos, muti lados em virtude do afastamento do genti o dos centros de ca– tequese? E esse Carú - Sacaébe não será, por ventura, o Cumé amazonico? A lenda nol-o mostra acompanhado de um filh o e de um escravo, que bem se poderão confundir com os ôiscipulos que seg uiram, na sua missão pelo sul co Brasil, ao lendario Çunzé. · Anchieta assim nos fal a desse curioso persona– gem: « Tambem lhes ficou dos antigos noticias de un s dois homens que andavam entre elles, um bom e outro máu; ao bom chamavam Ç umé, que deve de ser o apostnlo S. Thomé, e este dizem que lhes fa z ia boas obras, mas não se lembram em particular de nada . Em al gumns partes fe acham pegadas de homens im– pressas em pedras. nzaxi°'mé em S. Vicente, onde no cabo de uma praia, em uma penedia mui rija, em que bate continuamente o mar, estão muit as pegadas , como de duas pessôss diferent es , umas maiores, ou– tras menores que parecem fre scas como de pés que vinham cheios de arêa, mas se verá ellas estão im– pressas na mesma pedra. E stf. s é pofsivel que fossem deste Santo Apostolo e al gum seu discipulo » . Foi crença, realmente, e por muito tempo, q ue S. Th omé esteve na America evangelisando, ' demo– rand o- se longos annos entre os mexicanos.

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