Lendas Amazônicas
mive is cães mundurucús, e quer um , quer outros defendem com denodo a vida d:.,s mães ameaçadas e perseguidas . A pri meira concebe de um Deus que lhe aparece ~ob a forma de uma esfera de plumas, de encanto irresistível e lhe segreda profecias sobre o fruto das suas en tranhas; a segunda é sed uzida por um joven des conhecido que a atrae com os sons de uma flauta myste riosa. e desaparece ao lh e dizer profeticas pa– lavras. « Como a noite apareceu • é, segund o o ge nernl Couto de ~lagalhães, um fragme nto do Genesis dos an tigos americanos . E, com efeito, os versícul os iniciaes da lenda assim dizem: « No principio não ha\'ia noite ; - d~a somente ha\"ia em todo o tempo. . . A noite estava adormecida no fundo das aguas. Não havia animaes; todas as coisas falamm » . Se aproximarmos agora do trecho transcrito o da primeira lenda cosmogo nica mexicana, narrada por S . Paio, resaltará a analogia que vem confirmar ca– balmente o que presupoz Couto de Magalhães. Eis a versão mexicana.- « No principio nada existia., nem plantas, nem animaes, nem peixes, nem lagostas, · nem páu, nem pedra . Mesmo a face da terra não se mostrava-o mar a encobria completa– mente, mas um mar de aguas mansas, immoveis e sem limites. E sobre esse mar pacifico estava o espaço dos céus. E as trevas reinavam». O estylo é o mesmo nas duas versões que, tam– bem, são aco rdes em afirmar a não existencia de animaes no «principio do mundo •. O fato de na lenda amazonica a luz preceder as trE:\us, justamente o contrario do que ensina a cos – mogon ia mexicana, longe de ser considerado antago – nismo entre as duas versões, deve, assim o pensamos ,
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