Lendas Amazônicas
111 -.-\ntes fosse, respondeu a mulher sorrindo . 0 -Então, por que foi ? Conte-me o que houve. - De que serrn eu lh e contar? você não acred ita! -Alg uma camoéca? Será possivel? seu Chico, um homem sério? -Crédo ! nem diga isso . Foi o cavallo-marinho. -Que histo ri a é essa 17/za Joanna, até você com essas patacoadas ! - !\'las se eu vi e o Chico tambem ! Eram duas h orns da manhã, o luar estava lindo, quando um ca– va\lo rinchou atrás de casa. Prestei atenção e pare– ceu-me que não um, mas uma porção pastava na capoeira, tal a z u ada . Acorde i o Chico que se poz a escuta r commigo. O bicho rinchou de no,·o e sacudiu o pello, batendo com as patas no chão . Que ca allo será este, me disse, pastando a estas horas por aq ui ? Chico levan– tou- se e saí u do quarto, seguido dos pequenos, que tambem aco rdaram com o barnlh o. Sentei na rêd e á espera. Ouvi, então, elles abri – rem a porta do copiar e logo depois um rinch o forte e a d isparada do cavallo pelo mato. Os pequenos g ritaram ; saltei no chão e corri para ver o que éra . O Ch ico estava amarell o como çafrr1o e as crean– ças agarradas nelle. Que fo i isso? perguntei. Era o cavallo-marinho, o · mesmo que cêtrodi"a apareceu no capin zal do Mané Sobra, me respondeu elle. Di"sqite éra branco como papo de tucano e tinha tanto pello nas a ncas q ue pareciam um colchão. Q u ando se viro u para elles, com o ba rul ho da porta, Chico viu no meio da testa uma estrella de ouro e as crinas, tambem de oiro, arras tavam no chão.
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