Lendas Amazônicas

105 \lai s uns minutos e c-ntravamos no ri o do Bemf:i ca, ond e· veleja \·am alg uns barcos de lenhadores e pescadores, su?indo uns e descendo outros ao sabor do yento e da mare que princi_piava a encher com violencia. . . . Bandos de g arças brancas e cinzentas abeiravam o rHl fug indo-nos á frente, em vôo compassado. · A tiravamos ao acaso so6re ellas, mais para espantai-as que pa ra fe ril-as. um dado ponto o ri o se contorce em cun·a caprichosa chamada o •Cotovelo•. L ogo adeante rasga-se no mangai a boca do :Ylag uary -assú. A s aguas transbordavam pelas margens. Diminuímos um pouco a mar cha para melhor apreciar a paizagem. E ram sete e meia quando entramos no pequeno rio. As a rirambas e os socós voavam de um pa ra outro lado e de quando em quando um pavão delicado assobiava, para– bolando em manso vôo por sobre a lancha. Os maçari cos vo– litavam aos pares, r oçando as ag uas quiétas com a ponta das azas r ecurvadas. As primeiras casas apar eceram, do lado esquerdo. E n t a po\·oaçào da •Boca • . Os caboclos s apinh avam á beira do ri o, ~obre o barranco de tabatinga. S audamol-os com os lenços e uma ou outra mão nos ace– nou de terra. Os homens encos tavam-se ás a n ·ores ou aos esteios das barra cas, de mão nos bolso ou braços cru zados sobre o peito e as mulhe r es se acoco ravam no chão ou, de saias enrodi – lhadas e presas ao cós, de cançavam numa perna, trazendo os filh os enforquilhados nas ancas. D aí até ao nosso sitio não ha mais povoação. Acima, proximo á cachoeira existe uma pequena aglomeração de ca– sas denominada a •Cabeceira•. E stugamos a marcha e dentro de um quarto de hora avístavamos a ponte da nossa •Quinta Carmita•. Um brado de alegria r espondeu ao silvo da lancha. A pequenada acorrêra para r eceber -nos. Eram oito horas. D epois do café, a lan cha voltou para a capital e nós começamos os preparativos das fog ueiras para a noite. Passamos o dia como se deve passal-o, em tempo de fé– rias, num sitio aprasível. O m estre Zé-Antonio, um preto velho que lá tinhamo··, nos acompanhava e ajudava por toda a pa rte e em tudo. A 's oito hÔras d:'!- noite 1 depois de um j~tar de!icio o á altura do nosso apetite esp1caçaJ o pela monmentaçao da-