Lendas Amazônicas

96 ,. .................. , ... O l_nio que flutua na corrente, exalando do cali e neYado o aroma que enebria, é a «flor da yára »; nin– guem lhe toque as pétalas mortaes . Quanta ,·ez, ,e bubuia, á mercê da corrente ca – p1ichosa, desce ú ri o solitária montaria! Que é do infeliz jamnuiuba? .-\ yára o encantou, u no fa tal boiassuq ui ra mergulhou para sempre . Um d ia , na junçà'J do rio Pequen o e do ri ,) Grande . onde es~e pen..le, daí para as nascentes, o nome de Acará e recebe o de ~1e rity- pitan ga, desa pa– recera um pobre la\Tador honrado e ativo. :-.I orarn longe, q uasi {1s cabeceiras Jo rio Pequeno. e,. de mez em mez, trazia a sua farinha para ,·ender aos negociante da ,·ilia. Carregou a canÕ~l de alguns alq ueires e partiu, quando o sol já declinarn . Na mnrnauarana em flor, fronteira ao porto, n n.nú piára, tétrico e ago ureiro. :\Iá u preságio ! O remo lhe treme u nas mãos ro– busta , ma partiu . .. Pelas margens brincaYaYam os maçaricos e O::, socús d rmitarn~ preguiçosos. SLtbia ,·agaroso o ri o, remando compassadamente, com a indolenc ia que marca c,s da sua raça. De um lado e o utro, mosqueada da luz do ::;oJ cadente, a somb ra se estend ia ,sobre as aguas . .Nas palmas do n::,sahy o carachué modula\'a o eu canto numernso e o caboclo scisma,·a, mergu - lhando d.é! quando em quando o remo na corrente . .-\ melancol ia da tarde se casa,·a á tri steza de s ua alma! Oh! aq ueJ le cc1nto fotidico do anú ! Que lh e pre– sagia\'a u pas ·aro nrnld ito; E im merso em lúgubres scismares, subia vagaroso o rio, emquanto a noi te de:-c ia célere dos céus .

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0