PARÁ. [Leis etc.].; SOUZA, Augusto Olympio de Araújo e. A Instrucção publica: Relatório apresentado ao Exm. Sr. Dr. José Paes de Carvalho, Governador do Estado. Pará: Imprensa Official, 1898. 143p.
-5-· ~ tado chega-se a conclusão ele que não é principalmente na ~- - - indiffe-rença profunda d · populações semeadas na v~3tidão ~ ~o nosso territorio, pel;i;, edncaçrw da prole, que não é tam– - , '?em nas condições cri-fualericas, e mesologicas que devemos ··-·~,;caras causas occasionaes de um mal, que assim originado ' de · riamos desanimar de para elle encontrar prompto remedia. Outras mais proximas os factos estão diariamente apon– tando ao meu espirita e ás quaes elle ousa subordinar aquel- las. Sobre o professora'1o, em regra mal preparado, desidioso . e recalcitrante no cumprimento elo de\·er; ·sobre a má situação de um grande numero de ec=colas; sobre a falt.a de uma fisca– lisação continuada, persistente e imparcial. lanço, sem medo ele errar, a responsabilidade maior e dirécta dos resultados pouco lisongeiros colhidos pelo Estado n'essa campanha nobre e paJriotica ele ensinar lêr e escrever á seos habitantes. ' Não é facto isolado na historia intima ela nossa instrucção publica vêrmos escolas, que sob determinadas regrncias accu– sam insigniflcante6 matriculas e frequencias, elevarem consi– deravelmente esses nmreros. quando passam á_ ser regidas por prpfissionaes, que zelam os creditas da classe, tendo nítida comprehensão dos seos deveres e verdadeiro interesse pela profissão. Tenho tido occasião de constatar, no período limitado de minha direcção, factos de urna eloquencia esmagadora em abono do meu asserto. Duas escolas publicas do interior, urna intrgral, outra elementar, pela nulla matricula que accusavarn e ainda mais nulla frequencia, estavam a l'eclarnar corno me– dida rnoralisadora- -a exti nrcão. Antes de ser levado a 'esse extremo; entendi pôr em pratica o conselho regulamentar, mudando os professores; o resultado alcançado foi admiravel,-rnatriculas de 15 a 25 elevaram-se á 40 e 50, frequencias de 5 a 12 subiram á 25 e 40. Entretanto, á re3peito do resL,ltado desanimador primeiro obtido, ouvi dos profes5ores a desct~lpa costumada-que a populaçno era inclifferenle ao ensino e por mais esforços seus os paes não mandavam os . filhos á escola! · Como, porém, justificar o desapparecimento do indi.ffe– rentismo .,com a "sÕ mudança dos professores? E' que em muito-; casos o indifferenlismo·não é a causa geradôra princi-
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