PARÁ. [Leis etc.].; SOUZA, Augusto Olympio de Araújo e. A Instrucção publica: Relatório apresentado ao Exm. Sr. Dr. José Paes de Carvalho, Governador do Estado. Pará: Imprensa Official, 1898. 143p.

-106- l ( ' já modeladas pelo ·que de moderno ha f110 genero, estil.o quasi imprestaveis pelo uso. " · , De resto, só se nos depara á vista ao visitarmos um·a da3 escolas que, entre nós, se dizem vulgarmente moh::tha<las, um quadr 1 negro, um contador mechanico, meza e cadeira pára o professor, tres mappas muraes, uma esphéra terrestre e ... nada mais ... [sto tratanto das escolas da capital e de al– gmnas das principaes localidades do interior. Se nos referir– mos a outras lantas que por ahi existem, em vez de contris– tadora, podemos asseverar que foi vergonhosa a imp1·essão que temos recebido ao visitai-as. . · Bancos toscos que -para a criança são mais um marlyrio do que um logar commo,io e hygienico de repouso, grandes meias, que ella ao escrevei· adquire certamente defeitos phy– sicos, alumnos sentados em caixas que serviram a mercado– rias, tudo isto obtido a esforços e, muitas vezes, a custa do professor, eis o que continuadamente eu tenho tido o grande desgosto de observar em muitas es~olas. l\fodellos apropriados para o ensino de cous~s, do dese– nho á mllo levantada, instrumentos para transrnitfü a educa– ção physica, recreios proprios para exercitar esta parte da educação, ernfim, todos os materiaes indispensaveis para que a escola seja em tudo digna de ser assim chamada e possam os sens resultados compensar os sacrificios dos poderes pu– bliçcs, sao cousas que em nosso meio apenas existem como uma flSperança que, temos fé, em breve será urna realidade. , . E, como consequencia do estado material das nossas es– colas que é contristador, ienão vergonhoso, o seu estado in– tellectual não pôdP. lambem ser lisongeiro. Todavia, dei>,ai dizer-me, não é desanimador e muito já si< t . m: feito depois que o, vosso digno antecessor, com quem tambnm snvi, tomou a seu cargo fazer dos concursos parae1 o provimento das escolas de entrancia uma cousa séria e procur.ou tornar-su escrt.)puloso no provimC'nto das escolas el~mentares, tornando rigorosos os exames para a effectivi– dade nessas escolas e, chegando até a abolil-os no interior do E:;tado, o que de novo, foi qo actual regulamento perrniltido, tomadas porém as necess::i,ríils precauções. . Esta campanha que, Sr. Director, será certanH"1t.e cú11ti– nuada por vós, é nm dos n1cios IT'ais cflcazcs para quü a es– cot~ primaria ap,resel'lle-se-nos preenchendo o seu fim inlc-1'- t o

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