CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

f02 M<wques de Gwrva.lho E elle fri sava meia-duzia de p êll ois encara– colados qu_e tinha no legar do big6de,- sentin– do-se novamente vi ctorioso, outra vez senhor rl'aque1l e bello corpo adoravel qlle a fazenda do • corpete justo apertava fortemente em suas de– liciosas redqndezas appeteciveis. Começou, d'aquella noite em' deante, uma alegre existencia, muito .pacífica e deliciosa, para toda a familia. Sem precipita1:-se, roído por s6 rdidos desej os intensos, o mul ato r euni a gran– de paciencia afim de esperar t 1=anquillo o mo– mento de voltai•ao incesto com a innã, satisfa.– zendo a brutalidade a rdente que devorava-o sem clemencia. Não queria commett.er levian– dades, levantar zangas, ha pouco abafadas no espírito da sna victima. O seu prazer seria p}·o– porcional á delonga da espera. Havia de fruir mais deliciosamente a :::ensação compensadora dos resultados que ei;perava, quando levasse a desp ender longo tempo em conquistal-os. Hortencia, por seu turno, parecia esquecida do attentado do irmão. Tratava-o com doçura, com umas affectuo idades tranq uillas de cari– nhosa ingenua meigamente simples e adoravel. Tinha pa ra elle phrases ternas e fagueiras,cheias de fraternaes affectos e compassiva uncção. Nunca expressou o seu verdadeiro sentimento a r<•speito da immolação a que subrnettera-a o rapaz. Com certeza havia estendido o seu esque– cimento até áquelle ine:;,.pli cavel acto da mais suja aberração •humana. Com tal módo de proceder, dava -ao irmão incalcnlavel alegria,

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