CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

... H ortencia 87 t uido de cou equeucias, tanto quanto de rep ro- · dnc9ão.El le a l'repender- e-ia da abj ecção que pra– t icara, havia ele evitar encont rar-se com a irmã, para poupa r-lhe a vergonha de c6 ra r por um acto de qne não ti véra conh8cimento,-uem eq uer s np posição,- a velhft Maria. F ôra um lap sus na houradez da sua v ida, ab erto p or um cap ricl10 · <le Lourenço. ft, desde aquelle instante, sen tiu maior, mais accentnado horror á juucçi:io carnal dos i:;exos. No d ia . eguinte, á hora do costume, saíu para o h ospital, onde passo u o di a todo occ u·pa– da e entretida com 01, seus mest6res. A ' noite, p orém, dep ois do jantar, quando, s6sinha, enco - tou-se ao balr.ão de uma janella da fachada pos– terior do eclifi cio e p oz-se a olhar pa ra o rio a pouco e pouco invadido ela meia-escuridade ere– p uscular, entrou novamente a p ensar no aconteci– men to, com uma pe r tinacia t al, que bem reve– lava a p rofunda impre. ,:ão que lhe deixara no espírito. O arroj o elo irmão tomava agora ·umas certa p rn1 orçõcs de heroismo amoro o, feito em homcnitgJm á hell eza. t rinmphal da sua irr0- p r ehcnsivei:; fú rmas t entadoras. D esculpava-o po r isso, com uma benign idade cl0ce no fu ndo n egro elos grancl~s olho vivos. SuSJ)Írava me– r cnco ri a, saudosa·do seu passado, com um pou– cochinho ele t risteza a ennevo::.r-lhe a vida fu– t ura, como se p revisse-achei::. de crucian tes des– gostos e cl ôres inso.ffri ve is. D evaneiava com :10-rado pela phant::. ia libél'rima dos sens se.oti– r1~s, entrevia scenas da meninice, a fo lga r con– t ente e simples na paz singela das mattas, sob o olhar avelludado e t em o <'l a mãe, ao lado de Lou renço, do mesmo qne a deslion1·ara. Ao lem– h rar-se do irmão, p en ·ou que a , ua loucura po– deria dar e_m resultado o cont ratempo ela g ravi-

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