CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

84 llflwqu es rle Carvalho força, na t enacidad e das g randes resoluções. Um cheiro de louro ralado e r osa secca andava no ambiente do quarto, junto á emanação da pelle da r aparig a, humedecida por uma peque– nin::i, transpiração incipiente. E ssa exhalação quaei êndoudece-o, emquanto Hortencia, acre– d itando na farça, passava as mãos por baixo da camisa d 'elle, collocava-as sobre a ardente epi– derme do se u ventre. Acabou de excital-o esse contact o d e duas pell es nuas. D eante da rapari– ga attonita, erg neu-sc a tremer de commoção, murmurando eupplicas e carinhosas pb r ases, e estendeu-lhe os g rossos labios em mudo pedido de.longos beijos. E, acercando-se mais, encos– tou-se a ella, frente a frente, apertando en tre os dois thoraxs as duras proeminencias elos seios d'ella. A s suas mãos, no entant o, percorriam tre– mulamente as cost as ela r apariga, da nuca aos rins, sobre a camisa humida. Hortencia, assustada, não comprehendia perfeitamente aquella r apida t ernura do irmão. Achava-lhe no rosto uma expressão extranha: attribuiu-a, sem medo, á dolorosa acção do in– commodo que tinha-o accommetticlo. E só mui– t o t arde, quando não mai s podia fug ir, t eve a complet a p ercepção de tudo, no momento em que o irmão, de salto, abraçando-a athletica– mente, n'um esforço violento e bestial, erg ueu-a a meia-altura dQsólo, beij ando-a dpiclamente, e rolou com ella p ara o fundo da r êde, ancioso, offegante, as cordoveias salientes, bello de ale– g ria, sublime de virilidade victoriosa.

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