CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.
,, Hortenc-iri 83 res, cuj a · fo lhagens farfalhavam surdamente ao leve , ôpro de i11 lo lente brisa. Ao longe, gall os ·antavam merenco ri amen tc, como fanfa rras per– d idas em funeb re campo de batalh a, após o combate, reunindo os de troço cl'um exercito dizimado. Lourenço empurrou el e man ' inho a janella do quarto de HortC'n ,;a. A 111 ::trk•ira e. t::i,lou, po– r óm não cedeu. l i oi á porta e ·mprego u o m es– mo esfo rço. Baldada tentativa . Então, batendo uom os dedo na g ro sa mn leira, di ' e em voz baixa, mu ito trémul a e demudacla : -Hor tencia ! .... H orten .... eia ! .... N p in terior, um pequeuo arruido fez- e ouvir.. Lourenço repetin o chamado. -Quem 'stá 'hi ? perguntou a rapari ga, meio ass n ·ta.ela, somnolenta. -Sou eu, Hortencia ! Ab1·e a por ta; estou com uma dôr. A rapariga cleu- lbe entrada no quarto·. E lle e.ntou-se na rêcle, a tremer. R e. olvc ra pôr em prat.ic: :i, nma ai:;tu ia, para obter bom exito á sua machinaç:'io. Entrou der– reado, com as m::tos no ventre, a geme r em. voz baixa, fingindo uma dôr aguda ele que fôra ac– commettiüo. E p :-clin-lhe qnoA.foment asse-o, para minorar-lhe os so:ffrimentos. Hortencia, em ca– misa, cóm o:s cios apo ntados <tm sua . virg inea t nrgiclez, quasi á mostra, appar~ceu-lhe irresi ti– velmcnte fascinadora no lacte9 <J)aro d_a porta fi cada, a.l, er ta, além da qual chovia silencio,:,a – monte a luz .do luar tranquill o 1 como o pranto e-. JHbi-mocli · de um sn1 r mo go. o. Uma nuv en1 .de sa ng ue pa :so u-lhe pelo. olhos, deu-lhe v t·r– dadeiro. gemi dos á garganta ar lel' l.te. A tcn t:1.– çifo de possuil-a empo lgou- lhe a rhente c_am --,-
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