CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

" ... Hor tencici Sl Gemeu roucamente um rug ido abafado. Ouviu-o Hortencia no quarto contíg uo e, assustada, julgando o irmão doente, perguntou– lhe : -Teus alg uma coi a, Lourenço? -Não, níí.o é nada . ... E ficou-se muito quiéto duri nte alg uns mo- mentos. .. A pouco e pouco foi-se-lhe a imaginação despertando novamente, porém tomando agora outl'o destino para as sua phanta ias. Entrou a pensar na irmã, ua edade d'ella, nas . uas boui– tfLS fórmas de virgem,- com uma grande volu– µi a no fundo elos olhos. Aperton os braços so– bre o peito, como abraçando alg uem ... . Ieléa– va formo::;ameute appetit0 o o corpo de Hor– tencia e começou a experimentar vagos desejos ele vel-a, de sentir-lhe o calor elo sangue d e en– contro ao rnu co rpo, de a:ffagal-a carinhosamen– te, longamente, nos estos de crimino, a paixão a subitas erg uida em seu eli olutd e·piri to liter– rimo. A nc, rte-americana do circo foi snbstitui– da por Hortencia. O ele ejo banal e commum cedeu o Jogar tL a piração incestuo a. Tinha prurido violento. de ir ter com a irmã, muito devagarinho, para não acordar a mãe. Ia já a levantar-se, porém dete, e-se, receiã.n do uma r epu lsa vio lenta, que attraí Re a velha Maria. Mas os seus sentimentos pouco 'transig iam com a honra e com similha ntes rec ios. N'nma ex– t rema agitação, quasi allucinaelb, não podia ter a percepyão nítida do que pen. ava nem do que podia advir-lhe do que tencion ava executar. Sómente apodero, a fo rça da sua vi rili dade exi– gen te dominava-lhe o espírito perturbado por tantos encontros d'icléas. E houve en t ão uma tremenda lncta no ú.1- 11

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0