CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

't2' Mai1q11es ,ze Carvalko animalidade alegre. Das banc~das, erg ui am-se de vez em quando sons í1enuumadores de um iní- cio de pateada imp~ciente. . . , LouTen90, Mana e HorttnCJa trnbam ja su– bido para Já. Vagarosamente procuraram O Io– gar que lhes pareceu melhor, ·entando-se atinai em frente a uma ahertura que, dando para a pista, ccnduzia tambem para •o foyer dos ar-· tistas. Entretanto, o barulho augmentava entre os, espectadores, estendendo-se agora até ás cadei– ras, cuj o·s possuidores, abandonando a seri edade com que tinham até então esperado o começo da funcção, entravam a. bater com as benga– las no espelho dos mov~1s eni que sentavam-se. • os criados ,da companhia apre5!Saram-se mais,. atrapalhados e receiosós d'rima reprehensãp do director. Um g rupo de moços bem vestidos, que tomara logar nas bancad '1's, começou a an– nunciar pelas alcunhas as pessoas ~onh:ecidas que entravam : -Lá vem o Brinco-boticão ! -0' Brinco, manda um :filhinho d'esse frak ! E levantavam enorme algazarra, que durou. alguns instantes. · 1 Do lado opposto, um preto g1i.tou fanhosa- mente ; -Tóca a charanga ! -Tóca, tóca ! bradaram logo ci:n;coenta vozes. O g r~po vaísta proseguia ; -Olha o bate-orelhas ! -Fóra ! - Só1· bctte-01·elhcts ! ! Era um negociante que penetrava no circo. Entrava n'esse momento, acompanhado de ·nma irmã, que trazia um :ridículo chapeusinho

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