CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

R o1·tencia 49 li vre que andava ás cab riol:.\S pela praga Yercte– ja n te, banhada do so l das 11 ho ras. A fin al , conReguíra sem grande esfo rço aquel– le emp rego que tanto desej ára , ponderou cami– nhan L1u. E stava sen hora do cargo. Ia n'ell e ser in vestida sole11 nemente, qual uma rainha . E sc11 t ia-se tuc1a org ulhosa , com a vr,iLhu1e natu– ral de quem se muda para melh or posição. Aquell e bom exito vi éra-lbe <lo ceu, com toda a cm'teza, pensou de pois, qua ndo passa n 1 em fre n – t e á Sé. D eus ,tttender,:i.-l!J e {is rogatirns, favo– recera -lh e misel'i conl iosamente a emprnza , dan– do-lhe uma solucão util e bem fa cil. Como sen– ti a -se a legre e fêliz por isso !. .. E foi pela praga adeante, segui nc1c• o mesmo caminho por on de viéra. · Entretanto, á porta du hospi t a,l, um ca rro parava ma nsa men te, os cava ll os contidos pelo r etez1•mento (las r6deas que o boleeiro empunhava. D 'ell e (1esceram dois homens,- um bern ves– ti do, defrak e ch n,p ,u a lto, o outro usando um velho traj e rfo trnba llJO, sebento e safado. Im- 111 e<li a ta.rnen tP, cu rva ndo-se para o inte rior da carruage m, t irn rnm uma mu lher inanimada, mui– to comp ri1 l,L e rna:,rra., eprnlta cm b ranco lengol de a lg-::iclão, e levara 111 -n'a a p ul so pa ra o in te-• ri or Ll f1 Santa Casa, e in quanto l{L' dentro, no pa– teo interno, umn, sinet:1 a guda bimhalbava fre– n etica, movim en tada por rnüo i nvisível. Era a Antonin-, a mu lher do sapn.t.eiro Olau– di o, qnc ,·iu lt a llnrn o hos pital "p::i,gar ao D iabo o que c1evia a Dc•1rn", como promette rn n mariuo no desvai ra uo 1.h>sesri ero ,lo seu profundíssimo sentimento. 7

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0