CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.
48 Ucil'qucs rlc O<tiTctlJw quando em bôa Raúc1e, que vinham para ali as– sim tratar-se das mil e uma doen(!as adquiridas. em um labutar incessante .de debÕcbes e pande– gas porcas. A hora da ayplicagão dos remedios deveria ser com todo o escrupulo attendida, para não caír na. zanga dos medicos e da mesa ad– minist'rativa. Que Re mostrasse energica, apre– sentando a todos uma detcsta vel cara de pau, afim de incutir muito respeito, sem o que pode– ria considera1<se dcsmoralisada e, como ta l, na impossibilidade ele continuar ao serviço do es• tabelecimento. Antes agradar ao prov-edor do que aos enfermos. D'estes nada deveria esperar: -uma canalha, urna verdadeira canalha, repetia. O trabalho, apesar cl'isso, não era muito grande. E ra certo que ás vezes a pparecia muito serviço, nos dias d'operações ci-rurgicas, por exemplo. Todavia, estas eram raras, dando, portanto, mui– ta folga ás enfermeiras. N'uma pa lavra, con– cluíu, mostre cara alegre com seus. superiores, trabalhe de bôa vontade, e deixe correr o resto por minha conta. -Sim, senl!or, sim, senhor ___ concordava a outra, com os olllos muito esgazeado·s~ combi– n~ndo na mente as l'DPrgias de que tinha de ser– vn-se para rnpellir ns exi goncias e malcriagões dos enfermos. -Quanto ao seu ordenado, disse o provedor, será feito pela tabella <lo regul:imento. -Sim, sen_hor.. . . e quan<ln tenho de yir L . -Amanhã mesmo, se qn: zér, respondeu le- vou tando-se. Hor tencia iU?ito11-0 1 seg ui11 -o até ;Í port:i. <? provedor enca111mhou -se pnr:1 u interior <lo ech– tlcio, dizendo-lhe : 11 Adeus.!" A_ rnpari g~ saín logo, alliviada, contente, &ranqmJJa., deseJosa de beber so.ffrega.mcnte o ar ·r
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