CARVALHO, João Marques de. Hortencia. Pará: Livraria Moderna, 1888. 230 p.

llol'lencia 41 Q u& do Lourenço não Re falava. Um traste cl'um vadfo que s6 queria andar pelas ruas a g astn r com as fê meas e coru a cachaça tuão quan to copseguía adquirir nas suas curtas in– termittenci as de trabalho. . Era, portanto, ne– cessario que ella trabalhasse dupli cadamente, por nmbos. . E com que prazer não.se rc·signava áquelle <ltuo mistér d'animal <le carga, somente para ser a.g ra1l a vel á sua mãe es timadíssima 1 Minh a Nossa S enhora, valei-me, attendei-me, pelo amor do vosso :filho ! E erg ncn as mãos supplicante, n'um instin cti vo movimento de pie– <loso arroubo christão. Chegara á esquina aa: rua <l a TrindadP, no sitio ont.le actualrnente exi s te a curva da linha de bond que· sóbe pela ru a Ca etnno Rufino. Foi SP-mpre adeante, estugando o passo, muito lé– pida f• con tente, como se a rápida oração men– tal que fiz éra lh e houvesse res tanrado as forças ao es pirito vacillantc. U ma a nimação va:en te in vaõi a-a toda, corria-lhe nas veias, p assavil.-lhe por baixo el a 1üór ena e lisa epiderme, r efres ava– lh e o sangue na pa z inte1:ior d'urn con tentamen– to illimi tacl o. E , sem nfronxar o movimen to !los 1rnsso s, l·ntro u a Pst ndar e a combiuar o rn o– tl o como apresentar-se-i11. ao provedor da San~a Ua sa , o que lhe diria quando o visse, e o que r espondería se ell c acaso a in terrogasse a i:es– peito de qualqu er coisa 0 11 <l e um fa cto qualquer. Assim chr gou ao la.rgo de Sant'Anna, em r uj a peqn <>n11. ár<> a rumorej avam as rnmas de tn,z arvores ra cliíti cas, pouco altas. U m in tcr– min aYel arruiilo üe rodn s de carros subia da · bai– 'xa ,· el o bairro rommcrcinl. E ra a cx hala gão vi– tal da hnrnanid[l(l e opero sa, i.nccfsa1 tementc movirnentacla , no afan orn lalmtar pcln, vill a. A natureza. parecia rP-anin) ail a de um espirito no-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0